carlos-magno

Pelo que recebi, foi feita a derrubada. Culpar o dono do terreno? Não. Se realmente a árvore caísse, ele poderia ser processado por algum dano a algum imóvel ouferimento ou mesmo morte a alguma pessoa.  Portanto, o dono do terreno não deverá ser culpado. Mesmo que ele tenha lucro com o aproveitamento da madeira. O lote é dele, portanto, a árvore é dele.

Caberá à prefeitura a culpa pela devassa? Não. A prefeitura não poderia negar a derrubada de uma árvore em terreno particular, mormente, se o proprietário do terreno mostrasse um laudo que justificasse a derrubada. Risco iminente de queda. Risco para a população circunvizinha e aos transeuntes. A prefeitura de mãos atadas.

Ora, então por que tanta polêmica? Nem culpado há.  Pois é. Acaba-se a polêmica. Mas uma história tem sempre um culpado. Pois bem: há. A grande culpada é a castanheira. Quem mandou nascer onde nasceu e viveu por 400 anos? Não poderia ter vivido só 100 anos e morrido quando não representava ainda  condição de perigo com uma possível queda?

Como pôde ter sido tão irresponsável. Sair da Amazônia e vir nascer e crescer em um lugar onde ela veio representar  uma possibilidade de desastre.  Nascesse em um país europeu. Na América do Norte. Sim, porque não? Lá, teriam desapropriado o terreno. Construiriam um círculo de segurança sob as belas copas para que não caíssem frutos e nem galhos sobre as pessoas. Lá, teriam técnicos para cortar os galhos secos, que seriam aproveitados para construção de móveis, ou mesmo para servir de lenha perfumada para as lareiras no inverno. Seria construído um belo parque, onde as crianças iriam aprender Botânica e apreciariam um colosso vegetal de raridade extrema. Uma escola. No parque seria feita uma concha acústicapara orquestras se apresentarem em festivais de música erudita e para bandas de músicas regionais, roque e o que viesse a ser programado. Um empresário montaria um restaurante de pratos típicos. Outro viria com vendas de miniaturas da castanheira exótica, com chaveiros, fotos, lembranças, enfim, souveniers, que tanto agradam aos turistas, que aportariam com máquinas fotográficas, em caravanas.  Um belo espécime amazônicolhes oferecendo tão espetacular oportunidade de terem um contato com um gigante da Hileia brasileira. Uma atração turística extraordinária. Renda para o município.

Enfim, por que não foi nascer e crescer no Rio Grande do Norte, bem vizinha ao cajueiro gigante que atrai turistas do mundo inteiro? É isso, nasceu onde colocou em risco um monte de gente. E mais, poderia, nos próximos 200 anos, cair e fazer vítimas.

Culpada. Machado nela!

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