Seus adversários políticos esperavam por esse momento. A operação Lava Jato, a investigação sobre o vasto escândalo de corrupção na Petrobras bateu na porta de Luiz Inácio Lula da Silva. Escândalo incluindo o ex-presidente do Brasil (2003-2011) , o ex-líder histórico do Partido dos Trabalhadores (PT), no poder há treze anos, seria um dos beneficiários, acusa o ministério público.

Quinta feira, a polícia federal chegou de madrugada em sua casa nos subúrbios de São Paulo, para procurar a sua casa e levar ele para um interrogatório afim de ouvir Lula sobre supostas "vantagens indevidas" que teriam sido obtidas da parte de grupos BTP, grupos envolvidos, no caso de "Petrolão". Lula saiu livre, três horas depois, e foi na sede de seu partido, onde todos lhe esperavam para uma reunião de crise.

"Porque ter trazido ele de maneira "coercitiva", quando ele não se recusa a cooperar com a justiça?" se indignou um dos seus apoiantes, o advogado Adriano Pilatti.

Para evitar manifestações, se a data e local da audiência fosse conhecida antecipadamente, aconteceriam vários movimentos, justificaram os investigadores.

Para "desestabilizar o governo e criminalizar o PT e lutar contra o principal líder do povo brasileiro", acusam o partido no poder, para o qual as estruturas policiais e judiciais seriam adquiridos pela oposição de direita.

O TRIPLEX

A título de "benefícios", os investigadores questionam o trabalho realizado em uma casa de férias ocupada por Lula e sua família, o desenvolvimento, o gosto do ex-presidente e sua esposa, de um triplex mais o casal nega serem os proprietários. O trabalho teria sido pago por empresas acusadas de ter cobrado em excesso seus contratos com a Petrobrás para financiar as campanhas de PT e de duas formações de sua coalizão. Os promotores afirmam ter encontrado "elementos", segundo o qual o ex-presidente teria recebido dinheiro do Petrolão. Eles lembram, em particular, os 30 milhões de reais (7,3 milhões de euros) que o Instituto Lula LILS, a empresa que cuida das atividades do ex-chefe de Estado, teria recebido dos mesmos grupos BTP entre 2011 e 2014. Oficialmente, era doações para o instituto, ou para pagar as palestras de Lula a seu pedido. A investigação busca determinar se houve troca de favores.

A temperatura já estava subindo no dia anterior com as revelações atribuídas ao senador do PT Delcídio Amaral. Implicado no Lava Jato, o homem, o ex-líder da maioria no Senado, acusando Lula, como a atual presidente, Dilma Rousseff, de tentar obstruir a justiça. Há pouco tempo atrás, em 2010, o ex-presidente deixou o poder aureolado de glória, com o apoio de 80%. Ele conseguiu colocar no poder sua protegida, Dilma Rousseff, reeleita para um segundo mandato em 2014. Brasil, em seguida, vai para o exemplo de um país emergente.

Durante seu primeiro mandato, Rousseff tem conseguido manter o modelo de crescimento redistributivo de Lula. Mas o Brasil entrou em recessão (-3,8% em 2015). Desemprego e inflação galopante. De repente, os brasileiros são menos tolerantes com a corrupção que parece ter ultrapassado todos os limites. Línguas são afrouxadas, o mito Lula está rachando. O "pai dos pobres" já não é intocável. Uma investigação credita ele com 20% dos votos, atrás da oposição, se ele fosse concorrer à Presidência em 2018. Uma hipótese que ele não descarta.

Resiliência

Dentro da classe política exceto talvez a líder ambientalista, Marina Silva, todos estão acusados de malversação. Ninguém ousa declarar a morte política do maior líder do Brasil. "Enterrar suas chances seria um erro", advertiu um recente editorial, lembrando a extraordinária capacidade de resistência do ex-líder sindical, derrotado três vezes antes de ser eleito para liderar o país em 2002. Quatro anos depois, ele conquistou um segundo mandato, apesar de o primeiro grande escândalo em que tinha encharcado seu partido, o mensalão (compra de votos e financiamento ilegal).

Mas agora o assunto parece mais grave e ameaça o caminho para Dilma Rousseff. Os problemas de Lula, seu mentor político, com a justiça, assim que as de Delcídio Amaral, reforça a direita, que chamou toda a população para manifestar o 13 de março para exigir a renúncia do presidente. Eles também são susceptíveis de retomar o processo de impeachment destinado Dilma Rousseff.

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Defender o PT

Lava Jato desrespeita o Supremo e compromete sua credibilidade.

A violência praticada hoje (4/3) contra o ex-presidente Lula e sua família, contra o Instituto Lula, a ex-deputada Clara Ant e outros cidadãos ligados ao ex-presidente, é uma agressão ao estado de direito que atinge toda sociedade brasileira. A ação da chamada Força Tarefa da Lava Jato é arbitrária, ilegal, e injustificável, além de constituir grave afronta ao Supremo Tribunal Federal.

1) Nada justifica um mandato de condução coercitiva contra um ex-presidente que colabora com a Justiça, espontaneamente ou sempre que convidado. Nos últimos meses, Lula prestou informações e depoimentos em quatro inquéritos, inclusive no âmbito da Operação Lava Jato. Dezenas de testemunhas foram ouvidas sobre estes fatos alegados pela Força tarefa, em depoimentos previamente marcados. Por que o ex-presidente Lula foi submetido ao constrangimento da condução coercitiva?

2) Nada Justifica a quebra do sigilo bancário e fiscal do Instituto Lula e da empresa LILS Palestras. A Lava Jato já recebeu da Receita Federal, oficialmente, todas as informações referentes a estas contas, que foram objeto de minuciosa autuação fiscal no ano passado.

3) Nada justifica a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Lula, pois este sigilo já foi quebrado, compartilhado com o Ministério Público Federal e vazado ilegalmente para a imprensa, este sim um crime que não mereceu a devida atenção do Ministério Público.

4) Nada justifica a invasão do Instituto Lula e da empresa LILS, a pretexto de obter informações sobre palestras do ex-presidente Lula, contratadas por 40 empresas do Brasil e de outros países, entre as quais a INFOGLOBO, que edita as publicações da Família Marinho. Todas as informações referentes a estas palestras foram prestadas à Procuradoria da República do Distrito Federal e compartilhadas com a Lava Jato. Também neste caso, o Ministério Público nada fez em relação ao vazamento ilegal de informações sigilosas para a imprensa.

5) Nada justifica levar o ex-presidente Lula a depor sobre um apartamento no Guarujá que não é nunca foi dele e sobre um sítio de amigos em Atibaia, onde ele passa seus dias de descanso. Além de esclarecer a situação do apartamento em nota pública – na qual chegou a expor sua declaração de bens – e em informações prestadas por escrito ao Ministério Público de São Paulo, o ex-presidente prestou esclarecimentos sobre o sítio de Atibaia em ação perante o Supremo Tribunal Federal, que também é de conhecimento público.

6) A defesa do ex-presidente Lula peticionou ao STF para que decida o conflito de atribuições entre o Ministério Público de São Paulo e o Ministério Público Federal (Força Tarefa), para apontar a quem cabe investigar os fatos, que são os mesmos. Solicitou também medida liminar suspendendo os procedimentos paralelos até que se decida a competência conforme a lei. Ao precipitar-se em ações invasivas e coercitivas nesta manhã, antes de uma decisão sobre estes pedidos, a chamada Força Tarefa cometeu grave afronta à mais alta Corte do País, afronta que se estende a todas as instituições republicanas.

7) O único resultado da violência desencadeada hoje pela Força Tarefa é submeter o ex-presidente a um constrangimento público. Não é a credibilidade de Lula, mas da Operação Lava Jato que fica comprometida, quando seus dirigentes voltam-se para um alvo político sob os mais frágeis pretextos.

O Instituto Lula reafirma que Lula jamais ocultou patrimônio ou recebeu vantagem indevida, antes, durante ou depois de governar o País. Jamais se envolveu direta ou indiretamente em qualquer ilegalidade, sejam as investigadas no âmbito da Lava Jato, sejam quaisquer outras.

A violência praticada nesta manhã – injusta, injustificável, arbitrária e ilegal – será repudiada por todos os democratas, por todos os que têm fé nas instituições e do estado de direito, no Brasil e ao redor do mundo, pois Lula é uma personalidade internacional que dignifica o País, símbolo da paz, do combate à fome e da inclusão social.

É uma violência contra a cidadania e contra o povo brasileiro, que reconhece em Lula o líder que uniu o Brasil e promoveu a maior ascensão social de nossa história.

Rui pede serenidade e atenção contra golpismo

"É importante que todos nós brasileiros mantenhamos a capacidade de se indignar. É a indignação contra qualquer tentativa de golpe e tudo aquilo que possa atingir a democracia brasileira". A afirmação foi feita pelo governador Rui Costa, destacando que a sociedade precisa redobrar a atenção e se manter firme na luta pela soberania nacional e a liberdade do voto, através do qual se escolhe os governantes. "Golpismo significa retrocesso".

Na opinião de Rui, este tipo de espetáculo cinematográfico e pirotécnico patrocinado por quem deveria manter e estimular a serenidade em nada contribui para o engrandecimento brasileiro. Para ele, é preciso equilíbrio e imparcialidade para que a apurações tenham a credibilidade necessária. O governador disse que defende a total transparência nas apurações dos fatos, respeita as instituições constituídas mas se disse contrário aos excessos e ao sensacionalismo criado com ampla pirotecnia. "Muitas vezes, temos que redobrar as intenções para perceber se determinados fatos tem intenções legítimas e legais. Afinal, o que está por trás de tudo isso? Quais as verdadeiras intenções? Este tipo de ação é realmente legal? São estas questões que precisam ser respondidas", salientou.

Rui lembrou que a preocupação deveria ser com a enorme necessidade da geração de empregos e a retomada de crescimento do País. "É momento de muito trabalho e serenidade", disse o governador, conclamando a defesa das instituições democráticas e das prerrogativas legais.

A oposição chama a população a descer na rua dia 13 de março Fora Dilma Fora PT!

Deputado Marco Feliciano

marcos-feliciano“No dia 13 de Março , a nação toda tem que ir par rua , é necessário uma mobilização nacional para poder colocar um ponto final nesse sofrimento do povo brasileiro.

Os governantes de nosso país cometeram alguns crimes: destruíram a Petrobras, destruíram os fundos de pensão, destruíram as contas públicas, destruíram toda a economia de nosso país, destruíram o setor energético, destruíram a educação e a saúde, destruíram o emprego, destruíram a vida dos empresários.

Qual são as provas que faltam? Nunca se viu nesse mundo um governo tão corrupto como temos agora em nossa nação brasileira.

Não podemos deixar passar essa oportunidade, é nossa última chance, todo mundo tem que descer na rua dia 13 de março! Não aceitamos mais isso! Chega de destruir nossa nação!

Quem pode fazer mudanças somos nós cidadãos, cada um dentro de sua área!

Como Cristão, como líder religioso eu convoco todos os cristãos, cada pessoa que acredita em Deus, de nosso país para descer na rua dia 13!

Começa hoje a campanha "Desliga a Globo que o Brasil melhora"

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Tradicional inimiga das causas populares e democráticas, a Rede Globo, líder do monopólio midiático brasileiro, tem se superado cada vez mais em termos de manipulação da informação, da mentira e do assassinato de reputações. Tudo em nome dos seus interesses políticos e comerciais.

A criminalização dos movimentos sociais e a oposição a tudo que lembre inclusão social e soberania nacional são outras marcas registradas globais. Agora, a Globo aposta suas fichas no cerco midiático ao ex-presidente Lula e a tudo que ele representa em termos de melhoria de vida dos mais pobres e desfavorecidos.

A boa notícia, porém, é que cada vez mais brasileiros percebem a que interesses antipopulares servem o império de comunicação da família mais rica do país, segundo a revista Forbes. Por isso, sua audiência despenca a olhos vistos , bem como seus leitores. Nas manifestações de rua tornou-se obrigatório o grito “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo.”

A campanha “Desliga a Globo que o Brasil melhora” é parte do movimento pela democratização da mídia, na qual a CUT tem papel destacado.

Não resta mais qualquer sombra de dúvidas sobre a orquestração realizada entre a PF, o MPF, Sérgio Moro e a grande imprensa nacional para dar curso a um golpe de Estado no seio da democracia brasileira.

Todo o processo que vem sendo construído desde a premiação dada ao juiz Moro pela Rede Globo para fortalecer a sua imagem de paladino da justiça até chegarmos ao dia de hoje é o descaramento da parceria mídia-judiciário em prol de um objetivo comum.

Se antes os vazamentos ilegais eram realizados de forma velada e praticados nos canais submersos que ligam o núcleo duro da operação Lava Jato às edições dos jornais da grande mídia familiar, agora os pudores foram postos de lado e tudo é feito em plena luz do dia.

A 24ª fase da operação Lava Jato obedeceu a uma seqüência de fatos planejada minuciosamente para que o grande espetáculo de Moro atingisse o seu ápice no momento em que o “tudo ou nada” foi lançado.

Na madrugada desta sexta (04/03) o editor da Época, Diego Escosteguy, ostentou as suas informações privilegiadas e postou no Twitter a prova cabal de que todos da imprensa golpista já sabiam do que estava para acontecer.

Jornalistas da Globo sequer dissimularam e já estavam a postos em vários lugares estratégicos antes mesmo da chegada dos policiais e auditores da Receita Federal.

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