Comemorado na próxima quinta-feira, 26 de maio, o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma é uma importante data para esclarecer as especificidades deste mal que acomete cerca de 300 mil pessoas na Bahia e 70 milhões em todo mundo. Por ser assintomático na maioria das vezes, o glaucoma causa dano irreversível e silencioso do campo de visão, o que quer dizer que o paciente com a doença tem chance significativa de ficar cego.

 

Embora não tenha cura, a doença pode ser controlada com medicação ou cirurgia. Para tanto, o diagnóstico e tratamento rápidos são fundamentais. “O glaucoma é uma doença do nervo óptico que não apresenta sintomas em sua fase inicial. À medida que o dano se agrava, o paciente pode perceber restrição de campo, causando cegueira nos casos muito avançados. As crises de glaucoma agudo podem apresentar muita dor, baixa súbita de visão, náuseas e vômitos”, explica Mônica Mayoral, oftalmologista especialista em glaucoma clínico e cirúrgico, que integra a equipe do ambulatório do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS).

 

Altos míopes, diabéticos, afrodescendentes e pessoas com a pressão intraocular elevada são, segundo a médica, as pessoas mais propensas a desenvolver glaucoma. Para diagnosticar a doença, os pacientes com suspeita devem realizar, além do exame oftalmológico completo, com aferição da pressão intraocular e fundoscopia, a paquimetria, campimetria, retinografia simples, tomografia de coerência óptica (OCT), curva tensional e gonioscopia.

 

De acordo com Mayoral, alguns mitos reverberados pela população podem atrapalhar o tratamento do paciente com glaucoma: “costumam dizer que existem exercícios oculares que curam o glaucoma. Isso é muito grave, porque todas as pesquisas realizadas no mundo apontam como sendo uma doença incurável. Então, alguns pacientes param o tratamento acreditando nesses exercícios, e a doença progride mais veloz quando não controlada com a medicação. Outro mito é que a cirurgia de glaucoma cega. Pode ocorrer de alguém ficar cego após a cirurgia, mas é muito raro e acontece quando a doença já está em um estágio avançado. Mesmo sem cirurgia, há possibilidade de ocorrer a baixa de visão. Em casos assim, conversamos muito com o paciente e sua família para que eles estejam cientes de todas as possíveis consequências da cirurgia e da doença”.

 

Ambulatório de glaucoma do Hospital Geral Roberto Santos

 

Com funcionamento às quintas e sextas-feiras, o ambulatório de glaucoma do HGRS conta com uma equipe de quatro especialistas. São atendidos os pacientes encaminhados após avaliação no departamento de oftalmologia geral do hospital. Feita a avaliação no setor de glaucoma, se diagnosticada a doença, dá-se prosseguimento ao tratamento mais indicado para cada caso.

Fonte: ASCOM/HGRS

 

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.