A Dinamarca é, mais uma vez, o país mais feliz do mundo. Pelo menos, a julgar pelas conclusões do Relatório Mundial da Felicidade de 2016, divulgado em Roma esta quarta-feira a propósito do Dia Mundial da Felicidade, que se assinala no próximo domingo, 20 de março. Nas quatro edições deste relatório, que é publicado desde 2012, os dinamarqueses têm estado sempre no topo, com exceção para o ano passado, em que foram ultrapassados pela Suíça.

Os suíços ficam, este ano, pelo segundo lugar na lista da felicidade, seguidos pela Islândia. A Noruega vem em quarto e, para encerrar com domínio escandinavo, o top cinco dos países mais felizes do mundo fecha com a Finlândia.

Canadá (em sexto), Nova Zelândia (em oitavo) ou a Suécia (em décimo) também têm razões para sorrir, assim como a Austrália (em nono), a Alemanha (em 16.º) e Israel, que conquista o 11.º posto, Os EUA vêm em 13.º, o Reino Unido num modesto 23.º lugar . A China está sensivelmente a meio da tabela, no 83.º posto, numa lista que engloba 157 países.

O Brasil está no lugar 17.

Para Portugal, as notícias não são boas: cai da 88.ª posição no ranking de 2015 para a 94.ª. Mais satisfeitos do que os portugueses estão, por exemplo, os habitantes do Líbano (na 93.ª posição), do Paquistão (na 92.ª) e da Hungria, o 91.º país do ranking, tal como quase todos os países europeus. Ainda mais infelizes do que os portugueses estão os gregos, que protagonizaram a maior queda na lista da felicidade e estão em 99.º.

Os mais infelizes, porém, são os habitantes do Burundi, o país em último lugar na lista (157), e a Síria, na posição 156. Togo, Afeganistão, Benim, Ruanda, Libéria, Iémen ou Madagascar são algumas das nações que também não passam do fundo da tabela.

Já a Nicarágua, apesar de estar em 146.º do ranking, foi o país que mais subiu na lista da felicidade nos últimos anos, seguido pela Serra Leoa, Equador, Moldávia e Letónia, onde os habitantes também se sentiram mais satisfeitos e a progredir.

O ranking da felicidade de 2016 é diferente de todos os outros publicados até agora: elaborado com base num inquérito do Gallup World Poll, que conduz estudos a nível global, constitui-se como uma espécie de "atualização" do último relatório da felicidade, que saiu em abril de 2015. O primeiro índice deste tipo foi publicado em 2012, no âmbito da conferência das Nações Unidas sobre a felicidade, e os investigadores precisam de cerca de 18 meses para voltar a compilar dados e analisar diferenças nos vários países do mundo. Em 2015, quando estavam já a preparar o relatório para 2017, foram convidados a apresentar uma versão intermédia, que resultou no documento hoje divulgado.

Importa ainda explicar quais os fatores que os investigadores tomam em consideração para definir o índice de felicidade de cada país. Ao todo, são seis: o PIB per capita, ou seja, a riqueza por pessoa, a expectativa de anos de vida saudável, o apoio social da comunidade, a confiança - medida através da percepção de corrupção -, a liberdade para tomar decisões e ainda a generosidade.

Aos residentes de cada país é pedido que avaliem, numa escala de zero a dez, estes seis parâmetros, que depois são contabilizados para uma média final.

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