A quinta-feira (13), foi marcada por protestos dos estudantes da Universidade do Estado da Bahia – UNEB em diversas cidades do Estado. Os estudantes, em sua maioria moradores de Residência Universitária, protestaram contra o Governo do Estado e Federal e contra a Reitoria da Instituição.

O Movimento de Casas de Estudantes da UNEB – que organizou as manifestações nos diversos campi da instituição acusa – acusa o Governador Rui Costa (PT) de sucatear as Universidades Estaduais e se eximir da responsabilidade com a permanência dos estudantes. Segundo documento divulgado pelo Movimento, o Governo do Estado tem contingenciado as verbas destinadas à Educação e isso tem reflexos no pagamento dos auxílios que têm o valor de R$200 e que só conseguem receber com bastante atraso. O grupo também acusa a Reitoria de ser conivente com a situação e exige que o Reitor se posicione diante do Governo do Estado.

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“Os residentes do Campus XV decidiram participar junto com os demais campi da UNEB porque nós não temos uma política de alimentação, logo são essas bolsas que garantem o mínimo de assistência. E temos que levar em consideração que muitos dos estudantes moram numa distância considerável do Campus, em outras cidades, distantes da família e não tem recursos para se manter”, enfatiza Flavio Oliveira, estudante do Curso de Direito e Coordenador da Residência Universitária de Valença.

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O Governo Federal também não ficou de fora dos protestos, pois os estudantes alegam não reconhecer Michel Temer (PMDB) como Presidente da República e pedem a sua saída imediatamente. Assim, eles incluíram na pauta de reivindicações a Reforma do Ensino Médio, a Partilha do Pré-Sal e a PEC 241 (Teto dos Gastos Públicos) onde se colocam contrários aos três temas. Flavio justificou a posição do grupo dizendo que os três temas “ferem o povo brasileiro e freiam os investimentos, sobretudo em saúde e educação, além de ampliar as desigualdades sociais, através do sistema de ensino que é representado pelo novo Ensino Médio”.

Os campi de Xique-Xique, Valença, Santo Antônio de Jesus, Conceição do Coité, Itaberaba tiveram seus portões fechados pelos estudantes e outros campi realizaram diversas atividades de mobilização. O grupo promete seguir a agenda de mobilizações mesmo com o pagamento das bolsas que estão atrasadas e preveem novas paralisações contra o Governo Estadual e Federal.

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