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Quando pensamos em vinho, logo vem à mente dias frios, uma boa massa, queijos, entre outras delícias de inverno não é mesmo leitor? O nosso país oferece carnes maravilhosas para harmonizar com grandes vinhos tintos, porém ofereço um desafio a você apreciador: que tal harmonizar vinho com acarajé e feijoada? Assim poderemos entrelaçar nossos sabores regionais com vinhos refrescantes e surpreendentes.

Os vinhos mais indicados para acompanhar comida baiana como acarajé e moquecas são aqueles feitos a partir das uvas brancas como a SauvignonBlanc, a Pinot Gris, a Chardonnay e aTorrentés.

A acidez desses vinhos é o elemento primordial para a harmonização com os pratos mais gordurosos, que costumam fazer sucesso no verão. Isso se aplica por exemplo à feijoada e ao acarajé muito apreciados por quem planeja passar o carnaval em Salvador.

Os espumantes são uma opção mais sofisticada. Eles contém bastante acidez e harmoniza perfeitamente com pratos gordurosos e podem substituir com facilidade a tradicional caipirinha.

Os tintos também podem ser servidos no verão, mas em temperaturas mais frescas. Para a feijoada, indico os tintos como o Cabernet Sauvignon, Syrah ou vinhos de corte que foram envelhecidos em madeira, mas não perderam a sua estrutura. Uma vez que os ingredientes da feijoada têm sabor intenso e defumado, combinará com os vinhos onde seus principais aromas são  picantes e terrosos.

Os peixes, frangos e saladas, por serem pratos leves, podem ser acompanhados de vinhos refrescantes, servidos com molhos pouco carregados de tempero e especiarias.

Os molhos agridoces costumam cobrir peixes como o salmão e os filés de frango que são carnes mais secas. Os vinhos para esses pratos devem conter alto teor alcoólico como os brancos do Chile, sul da França, Califórnia e Austrália.

Eis um conselho de qualidade: atenção aos vinhos típicos de verão – aqueles normalmente consumidos à beira da piscina – . Eles devem ser jovens!

É preciso ficar atento às safras, pois vinhos brancos, rosés e efervescentes têm curta duração (máximo de três anos). Nesse período eles mantém sua acidez elevada e aroma forte.

Apesar das dicas de harmonização, no final o seu paladar é quem vai decidir o que e com o que beber. O importante é a satisfação pessoal.

“Existe mais filosofia em uma garrafa de vinho do que em todos os livros.”

Louis Pasteur

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