O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, determinou ontem a suspensão da Operação Métis, deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira e que resultou na prisão de quatro policiais legislativos do Senado. Na mesma decisão, o ministro determinou que todo o processo relacionado à operação, que está sob o comando do juiz de primeira instância de Brasília Vallisney de Souza Oliveira, seja transferido para o STF.

Embora o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) tenha pedido ontem ao STF ações relacionadas à decisão, a liminar do ministro foi concedida com base em um pedido de um dos policiais presos. A defesa do policial argumentou que a operação invadiu as competências do STF, já que havia senadores envolvidos.

Entre os presos pela operação estava o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho junto com outros três policiais legislativos. Eles são suspeitos de prestar serviço de contrainteligência para ajudar senadores investigados na Operação Lava Jato e em outros casos envolvendo políticos. Todos já foram soltos. Ontem, o presidente do Senado disse em nota que a decisão do ministro garante "o funcionamento harmônico das instituições é a única garantia do Estado Democrático de Direito".

Reunião

Ontem, o presidente da República, Michel Temer, considerou como "correta" a decisão do ministro. Hoje, Temer, Renan e a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, têm um encontro para tratar do assunto. Ainda ontem um grupo de juízes protocolou uma representação por quebra de decoro contra Renan Calheiros.

 

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