O forte foi restaurado com recursos da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, com investimento de R$ 14 milhões.

O forte foi tombado pelo Iphan em 1938 por conta de sua importância arquitetônica e histórica. (Foto: Ascom/Cairu)

 

O governador Rui Costa confirmou que estará em Cairu neste sábado, 20, para a entrega oficial da restauração da Fortaleza do Morro de São Paulo. O prefeito Fernando Brito ressaltou a importância da realização. “Hoje, a Fortaleza é um marco importante na paisagem do Morro de São Paulo, um testemunho vivo da arquitetura militar da época e da história política da Bahia. Apesar das degradações sofridas, pelos anos de abandono, guarda uma imponência que encanta turistas, estudiosos e visitantes. O que resultou no seu restauro completo para orgulho dos cairuenses e dos baianos”, pontuou Brito.

 

A reinauguração da Fortaleza, às 9h de sábado, também contará com a presença da presidente do Iphan, Kátia Bogéa.  O público poderá visitar o patrimônio, desfrutando de um roteiro de 680 metros de muralha até o forte, com painéis expositivos que relatam todo o processo do restauro e resgata a história do local.

 

A FORTALEZA - Complexo fortificado originário do séc. XVII, com investimento de R$ 14,5 milhões via Lei Rouanet/ Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), envolvendo o Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da Bahia (IDES), Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC)/SECULT BA, prefeitura de Cairu, Sebrae e Governo da Bahia/SETUR, dentre outros parceiros. Um dos pontos de visitação internacional mais famosos do Brasil e conhecido pelos portugueses desde 1531, quando o nobre militar Martim Afonso de Souza avistou o local e o chamou de ‘Tynharéa’ (hoje Ilha de Tinharé).

 

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL - O complexo também passou a contar com um programa especial de Educação Patrimonial do IPAC, através de um convênio de cooperação técnica. “O papel da educação patrimonial é fundamental para valorizar esse complexo arquitetônico-histórico de relevante interesse turístico, histórico, arqueológico e arquitetônico”, explica o diretor do IPAC, João Carlos de Oliveira. “As comunidades locais devem identificar os seus mais importantes patrimônios e, juntamente com as suas prefeituras e câmaras municipais, desenvolver políticas de proteção a esses bens culturais, como estabelece a Constituição, criando leis, conselhos e itens de salvaguardas, para depois obter recursos com projetos nos Editais/SecultBA e outras linhas de financiamento”, afirma João Carlos. Ele explica que a Fortaleza de Morro de São Paulo é protegida como Monumento Nacional desde 1939 pelo governo federal através do IPHAN/MinC.

 

PARCERIAS - De acordo com a diretora executiva do IDES, Liliana de Mello Leite, o projeto tem incentivo da Lei Rouanet e do BNDES no valor total de R$ 14,5 milhões. “A Superintendência do Patrimônio da União (SPU) fez a cessão de uso gratuito para o Governo da Bahia que designou a Secretaria de Turismo (SETUR) para se responsabilizar pelo monumento”, relata Liliana. Segundo ela, durante a 1ª etapa do projeto que durou de 2010 a 2014 foram feitas prospecções arqueológicas, monitoramento a consolidação da muralha à beira-mar. “Já na 2ª etapa, iniciada no ano de 2015, aconteceu a recuperação do Forte da Ponta, Bateria da Conceição e Corpo da Guarda, assim como a criação do Comitê de Governança, que tem como missão dar vida ao complexo, com atividades culturais permanentes”, diz a diretora do IDES.

 

A Fortaleza vai contar com auditório, anfiteatro com 240 lugares, espaço para eventos e área para concessão de um Café-cultural. Visitas guiadas devem ser uma das alternativas de receita. “Reconhecemos o grande esforço realizado por todo os parceiros no âmbito municipal, estadual e federal. Com uma integração da sociedade civil, iniciativa privada e poder público no processo de reintegração desse patrimônio à vida da comunidade”, avaliou Liliana.

 

Fontes: IPAC/Dendê News/Baixo Sul em Alta/Jornal do Baixo Sul

 

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