O Datafolha divulgou hoje (12) nova pesquisa para a eleição presidencial em 2018, onde entrevistou 2.828 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 7 e 8 de dezembro, portanto, antes da divulgação da delação premiada do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho neste final de semana.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ex-senadora Marina Silva (Rede) são os preferidos dos eleitores brasileiros na disputa à Presidência da República nas Eleições 2018. O petista lidera todos os cenários de 1º turno, enquanto a ex-ministra do Meio Ambiente venceria o próprio Lula e os tucanos José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves no 2º turno.

No levantamento anterior do Datafolha, realizado em julho, Lula já aparecia à frente dos adversários. A vantagem cresceu. Em uma das simulações, Lula tem 26%, Marina 17%, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e Aécio (que aparece mesmo sendo do mesmo partido de Alckmin) empatados com 8%. Num terceiro cenário, Lula tem 25%, Marina 16% e o ministro de Relações Exteriores, José Serra, com 9%. Em uma quarta simulação, na qual também estaria na disputa o juiz federal Sergio Moro (sem partido), responsável pelos processos da Lava-Jato, Marina empata numericamente com o magistrado no segundo posto, com 11%. Lula aparece na frente com 24% e Aécio vem em quarto, com 7%.

Quanto à intenção de voto em um segundo turno, a ex-senadora Marina Silva é líder em todos os cenários. Contra Lula, venceria com 43% dos votos, deixando o petista com 34% dos votos. Contra os tucanos, se elegeria com margem mais ampla: Marina 47% x Aécio 25%; Marina 48% x Alckmin 25%; e Marina 47% x Serra 27%. Na simulação sem a ex-senadora, Lula venceria de forma apertada, tanto Aécio quanto Alckmin, pelo mesmo placar, 38% a 34% dos votos. Contra Serra, o petista aparece com margem ainda menor: 37% conta 35%.

A mesma pesquisa do instituto Datafolha que apontou que 63% dos brasileiros é a favor da renúncia do presidente Michel Temer (PMDB) para que haja eleição direta. O percentual de entrevistados que não votaria em Temer em nenhum cenário saltou de 29%, em julho, para 45%.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais e para menos, e o nível de confiança atinge 95%.

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