Prefeitura de Cairu e Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais da Bahia discutem projetos de inovação tecnológica para economia piaçaveira Valença Agora 6 de junho de 2019 Baixo Sul, Notícias Na última segunda-feira (03), o prefeito Fernando Brito, acompanhado do superintendente da Agricultura Lázaro Miranda, reuniram-se com o presidente e o executivo do Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia (SINDIFIBRAS), Wilson Andrade e Fábio Teixeira, respectivamente. A reunião tratou da apresentação de dois grandes projetos concebidos pelo Sindifibras como alternativa para o desenvolvimento tecnológico e industrial da economia piaçaveira do estado da Bahia. De acordo com Brito, Cairu vem buscando organizar e dinamizar a cadeia produtiva da piaçava e para isso, vai em busca de parceiros em toda Bahia. O projeto denominado por PIASSAVA’S FIBERBOARDS foi concebido pelo sindicato com o propósito de ser apresentado para o Fundo Comum de Commodities (CFC) da Organização das Nações Unidas (ONU). A ideia é alavancar US$ 240 mil e investi-los no desenvolvimento de pesquisas tecnológicas que demonstrem a viabilidade técnica para a constituição de coprodutos da fibra da piaçava de altíssimo valor agregado. Neste projeto que será submetido para a ONU, a ideia é transformar a fibra da piaçava em placas de fibra de quase-carbono para a fabricação de móveis. De acordo com Teixeira, ao resolvermos essa questão, ao mesmo tempo em que levaremos para o mercado um produto que ainda não existe no mundo, poderemos aumentar o valor recebido pelos extrativistas e levar a economia piaçaveira a um outro patamar tecnológico e econômico. O projeto de desenvolvimento industrial trata ainda da constituição de uma moderna unidade de fabricação de vassouras e outros utensílios que se utilizam da fibra da piaçava como matéria-prima. Esta unidade central de beneficiamento da fibra de piaçava deverá produzir diversos produtos com origem e cadeia certificadas e comercializá-los na Europa, Ásia e EUA. A vassoura de piaçava e outros artefatos que se utilizam da fibra, praticamente inexistem no mercado brasileiro. As vassouras plásticas e outros produtos sintéticos vêm ganhando o espaço nas gôndolas dos supermercados e nos domicílios nacionais. Por outro lado, os mercados europeu e asiático têm uma grande tendência a valorizar produtos do tipo eco-friendly, ao ponto de pagar um preço mais elevado do que o estabelecido pelos produtos de origem sintética, principal concorrente das fibras naturais. Para Andrade, essa fábrica poderá contribuir, e muito, com o aumento do consumo da fibra de piaçava e, por conseguinte, com a elevação do nível de preços da fibra e ganho econômico dos pequenos extrativistas. "É preciso organizar a cadeia produtiva da piaçava, fazer com que governo, iniciativa privada e representantes dos produtores e extrativistas se unam em torno dessa fibra", enfatizou o presidente do sindicato. Segundo o superintendente da Agricultura Lázaro Miranda, é preciso destacar a importante participação dos diversos segmentos representativos que participaram do 1º Seminário Estadual de Desenvolvimento Econômico da Piaçava, no segundo semestre de 2018, e que tanto tem contribuído e impulsionado para que os projetos como esses possam fortalecer a vocação agrícola da região, fomentar a pesquisa, a produção e a negociação, no mercado nacional e internacional da piaçava. Na visão do Prefeito Fernando Brito, os próximos passos agora são buscar o apoio, a parceria e a cooperação, do Governo do Estado da Bahia, para a reunião dos investimentos e realização dos projetos apresentados pelo SINDIFIBRAS que se constituem numa excelente oportunidade para aquecer e dinamizar economicamente todo o arranjo produtivo da piaçava e fazer com que a economia piaçaveira esteja presente na Câmara Setorial de Fibras Naturais do Ministério da Agricultura (CSFN/MAPA), por meio da participação da Superintendência da Agricultura de Cairu, Fonte: Ascom/Cairu-Ba Deixe uma resposta Cancelar resposta Seu endereço de email não será publicado.ComentarNome* Email* Website