Aconteceram oficinas, apresentações para escolas e duas apresentações para o público no  Sábado 9 e Domingo 10 .

Valença Agora assistiu à peça sábado a noite, 20 horas no Centro de Cultura.

Lindo encontrou internacional ... Entre França, Alemanha , Grécia  é Brasil

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Sinopse

Ella uma jovem aspirante a escritora, consegue um encontro com o aclamado romancista Manu Singer , autor de um único livro de sucesso “Floresta debaixo do mar’’ . Afim de resolver pontos obscuros de sua historia que envolvem o autor, sua obra e o suicídio de seu pai . Ella vai revelando suas reais intenções . A peça homenageia, em um jogo de projeção , realismo fantástico e atmosfera noir o mítico ator francês Patrick Deweare.

Depoimentos:

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Celeste Martinez (escritora, artista e apresentadora do programa de rádio -Rio Una FM):Alacazum

Gostei muito da peça Floresta debaixo do Mar, pelo teor psicológico. Eu, como escritora, me vi elaborando texto e criando personagens. Admiro o hipertexto e o diálogo com muitas linguagens: o áudio, a literatura e os vários recursos em cena. O jogo com os idiomas, o audiovisual. Achei fantástico. Quero ver novamente para reinvestigar ! Peça maravilhosa!

 

 

 

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Paula Lice, diretora da peça:

Por que escolheu Valença para se apresentar?

Essa peça vem para Valença através de um edital do Governo do Estado da Bahia, o edital de agitação cultural.  Eu e Leonel (coordenador geral do projeto) fizemos essa proposta de envolver oficinas de teatro, apresentações do espetáculo para as escolas e apresentações abertas ao público. Escolhemos cidades do interior para atingir espaços e públicos que não poderíamos atingir sem esse edital. Fizemos apresentação em Juazeiro, hoje estamos em Valença, depois seguiremos para Guanambi.

Quais são as atividades que vocês fizeram?

Ficamos uma semana em Valença. Na terça, quarta e quinta-feira realizamos oficinas relacionadas com a peça. Trabalhamos o corpo, fizemos jogos de composição de dramaturgia e fizemos um módulo de choro na tragédia Grega. Na sexta, fizemos três apresentações para as escolas públicas com bate papo depois. Foi ótimo! Vários alunos fizeram boas leituras da peça e participaram muito das conversas. Muitos meninos talentosos. Sábado e domingo as apresentações foram para a comunidade, aberta a todos.

A programação foi toda gratuita.

Como a equipe se formou?

Leonel conheceu Christina Kyriazidi, atriz, grega, em Berlim na Alemanha. Eles tiveram a ideia de fazer uma peça juntos. Christina, que é também autora, tinha essa peça escrita em grego, guardada, e deu para Leonel ler. Um amigo fez uma tradução para o português e eles escreveram um projeto para a FUNARTE, que é um financiamento brasileiro para arte. Eles foram contemplados a dois anos e o ano passado conseguimos o edital de agitação cultural.

Depois eles formaram a equipe:  texto original Christina Kyriazidi – Tradução Marius Chatziprokopiou – Dramaturgia: Aldri Anunciação, Christina Kyriazidi, Juliana Molla , Leonel Henckes, Paula Lice – Direção: Paula Lice – Assistência de direção Juliana Molla – Elenco: Leonel Henckes e Christina Kyriazidi – Cenografia: Erick Saboya – Iluminação e operação de Luz: Marcio Nonato – Figurino: Alexandre Guimaraes – Trilha sonora original: Ronei Jorge e Andrea Martins – voz em off: Heitor Dantas – operadora de Som: Juliana Molla- Programação visual: Lia Cunha – Fotografias: Joao Milet Meirelles e Yuri Rosat – Vídeos: Nina La Croix  - Assessoria de imprensa: Monica Santana – coordenação Geral: Leonel Henckes – produção e gestão financeira: Giro produções Culturais.

Apresentamos primeiro em Salvador no espaço da Barroquinha, durante um mês, o ano passado, e agora estamos rodando e apresentando no interior da Bahia. De todos esses encontros a peça vem crescendo e evoluindo...

 

Leonel Henckes (coordenação Geral e ator principal):

Como surgiu a peça?

A peça surgiu do meu encontro com Christina em Berlim. Berlim é uma cidade muito cosmopolita onde você convive com muitas culturas e idiomas diferentes. Ela me apresentou o texto impresso em Grego, com a caligrafia grega, achei bonito. Ela me narrou a história e eu voltei para o Brasil, fiz traduzir da peça e achei a metáfora da floresta debaixo do Mar muito linda. Comecei a procurar edital e patrocínio para a peça. Depois, formamos a equipe e construímos a peça juntos a partir do texto inicial de Chris.

Brincamos com as línguas porque essa peça é um pouco como um encontro de estrangeiros, Chris fala o “portunhol”, Patrick Dewaere é francês. Também achamos legal transformar essa seção palpável: quem está na plateia pode ver a peça, que é em outra língua, com legenda.

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Christina Kyriazidi (Escritora do texto original e atriz principal)

Como a escrita do texto surgiu?

Toda a história da peça, as partes em Paris, em Berlin, são fatos reais. Eu fiquei obsessiva por Patrick Dewaere a primeira vez que eu vi o filme ‘Beau Pere’ no Youtube. Fiquei apaixonada!

Depois eu procurei informações sobre ele, comprei todos os livros dele, encontrei a mulher dele. Dessa obsessão nasceu o espetáculo “Patrick et moi” (Patrick e eu) para um festival em Berlim.

Essa peça, Floresta debaixo do Mar, escrevi em grego. Ela é como uma pergunta: porque Patrick Dewaere se suicidou? Até hoje ninguém tem a resposta. Dessa pergunta nasceu a peça.

Por que criar essa peça no Brasil?                          

Eu escolhi fazer essa peça no Brasil porque encontrei Leonel em Berlim. Ela me ajudou muito. E o Brasil me deu um apoio financeiro para criação da peça e sua divulgação.

Com essa maravilhosa equipe brasileira, trabalhamos a similaridade entre a tragédia grega e a telenovela brasileira. É uma versão brasileira do texto inicial! Com a ajuda da talentosa Nina La Croix criamos um encontro entre o teatro e o cinema.

Foto de capa:Yuri Rosat

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