Higiene, saúde e respeito: coletar fezes do seu cão na rua não é difícil nem vergonhoso, e é obrigatório.

Ter um animal doméstico vai muito além de cuidar, brincar e dar amor. Faz parte das obrigações de ser tutor de um pet, a responsabilidade coletiva, tanto na área da saúde, quanto do meio ambiente, quando estes saem com seus animais para passear.
Quem anda com seu cão pelos espaços públicos tem o dever de recolher os dejetos deixados pelo animal. Infelizmente, a falta de educação de alguns donos de animais tem feito das ruas um verdadeiro campo minado de cocô, tendo o pedestre que ficar atento para não pisar no resultado da falta de consciência do tutor do animal.

Mais do que um constrangimento, os dejetos de pets deixados nas ruas e calçadas podem gerar doenças tanto nos animais quanto nas pessoas que tiverem contato com eles. O risco de contaminação é alto e, em contato com a pele das pessoas, pode transmitir a giárdia, provocando fortes diarreias. Esse é apenas um dos exemplos das inúmeras zoonoses que as pessoas podem contrair só por pisar, distraidamente, numa dessas "armadilhas". Sem falar que o problema pode ser ainda maior ao atingir crianças pequenas, que têm o sistema imunológico mais fraco.

Sabendo que o cachorro faz as necessidades assim que sai de casa, logo na calçada, o morador do bairro da Vila Operária, Deivisson Caldas procura sempre carregar um saquinho extra. “Passeio com ele duas vezes por dia, e ele faz as necessidades todas as vezes, então preciso estar sempre prevenido”, comentou. Para as pessoas que não têm o costume de limpar a sujeira de seus animais, Deivisson avalia como uma falta de educação, porque além de ser ruim para as pessoas, tal descuido prejudica os próprios animais.

Com relação a importância do recolhimento das fezes dos animais pelos proprietários, a especialista Bárbara Menezes frisou que, além de tirar o riscos dos outros animais, o dono pode evitar doenças no próprio bichinho, que pode manifestar pelas suas próprias fezes. “O animal que adquire a doença através da sua própria sujeira é o que chamamos de ‘reinfestado’”, acrescentou a especialista.

Além de se tratar de uma questão de educação, em Belo Horizonte o assunto é previsto pela Lei Municipal n° 10.534 de 10 de setembro de 2012, que dispõe sobre a limpeza urbana, seus serviços e o manejo de resíduos sólidos urbanos. O art. 70 do anexo II da referida lei estabelece multa de R$ 747,34 no seguinte caso: “Deixar o condutor de animal de proceder à limpeza e à remoção imediata dos dejetos do animal depositado em logradouro público, e deixar de depositá-los na rede primária do sistema de esgoto sanitário local ou nos serviços regulares de coleta e transporte de resíduos sólidos domiciliares, devidamente acondicionados e em conformidade com as normas técnicas da SLU”

É lamentável que seja necessária uma lei para estabelecer condutas sociais que deveriam ser habituais para qualquer indivíduo que deseja viver em harmonia com o outro, em um ambiente limpo e bem-cuidado. Porém, se alguns membros da sociedade insistem em impor a outros o convívio com a sujeira deixada por animais, nada mais justo que o poder público possa punir quem suja, que no caso não é o animal, que é livre de qualquer culpa ou responsabilidade, mas do seu dono negligente.

É o que se espera em Valença, já que o comportamento dos donos tem deixado a desejar. Em diversas ruas da cidade é possível encontrar fezes de cachorros poluindo o ambiente e colocando em risco a saúde da população. Fica o desafio para a Câmara de Vereadores do município impor na forma da Lei, punição aos irresponsáveis.

Veja um resumo de algumas doenças que podem afetar tanto humanos quanto cachorros (e outros animais em alguns casos):

Adenovírus: Causa convulsões, icterícia, sangramento nos orifícios e morte;
Bicho geográfico: Causa coceira na pele, vermelhidão e inchaço na pele;
Parvovírus: Causa vômitos, diarreia, imunossupressão e morte;
Giárdia: Causa diarréia;
Coccidia: Causa diarreia;
Salmonelose: Causa diarreia, vômitos, febre moderada, dor abdominal, mal estar geral, cansaço, perda de apetite, calafrios;
Ancilostomose: Verme que causa anemia em humanos;
Tênia: Causa vômitos, diarréia e anemia;
Toxocaríase: Causa cegueira em humanos (principalmente em crianças);
Escherichia coli: Causa infecções do trato urinário, meningite, peritonite, mastites, septicemia, pneumonia, vômitos, diarreia e morte.

COMO PEGAR COCÔ DE CACHORRO NA RUA

Ao passear com seu cachorro, tenha em mãos pelo menos duas sacolas plásticas, preferencialmente biodegradáveis. Na dúvida, pega uma de supermercado e quando seu pet fizer as necessidades, basta seguir os passos:

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1. Abra a sacola e ponha sua mão dentro dela, como se fosse uma luva;
2. Recolha as fezes – se preciso, amasse-as para recolher tudo de uma vez só;
3. Vire a sacola do avesso, deixando as fezes dentro dela;
4. Amarre bem;
5. Descarte no lixo.

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Se na rua em que você mora também há pessoas que levam o cão para fazer cocô na rua e não recolhe, registre a foto do dejeto e envie para o nosso whatsapp  (75) 998281479, com o nome da rua, n° da casa e hora da foto.Você não será identificado!

Fontes: Portais de Notícias/Redação

Foto em destaque: Dejetos de cachorro flagrado na rua Marquês do Herval, no centro de Valença, às 20 horas, em frente a residência 191 .

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