Dra. Márcia Fonseca festeja com família e amigos aposentadoria de perita médica legal

A médica celebrou o fim de uma longa jornada de serviços prestados ao Departamento de Polícia Técnica (DPT/Valença)

A última sexta-feira (22) foi marcada por grandes emoções para a médica Márcia Cristina Fonseca, que reuniu familiares e amigos em sua residência para celebrar a publicação de sua aposentadoria enquanto servidora pública, a qual exercia a função de perita médica no IML do Departamento de Polícia Técnica (DPT/Valença); e a passagem de seu aniversário.

Irmãos da Igreja

Evangélica, Dra. Márcia levou a sua celebração a presença de pastores e irmãos de sua igreja pra louvar a Deus e deferir bênçãos sob nova fase de sua vida. A médica pediatra, que atua da Uniclin Pró-Saúde também como vice-diretora, se aposenta do IML, e deseja assumir ações em projetos sociais empenhados pela Segunda Igreja Batista de Valença (SIB).

Dra. Márcia e esposo Ronald Filho na companhia de Nara, Pr. Fabrício da SIB, que dirigiu o culto; Pr. Joel da Assembleia de Deus e Pr Philipe (Alemanha)

O Pastor da SIB, Fabrício Moreira e o Pastor da Assembleia de Deus, Joel Leal enalteceram a Deus e abençoaram a vida de Dra. Márcia. “Estamos aqui engrandecendo o nome daquele que é o Deus de amor, Deus de graça, Deus de Poder, o Deus que nos deu a vida, deu a vida à doutora Márcia, o Deus que concede a ela mais um ano de vida e a benção, também os privilégios, as benesses, as dádivas dos céus, e por isso nós estamos reunidos aqui nesta noite, não simplesmente para nos confraternizarmos, nos alegrarmos, mas para celebrarmos também ao Senhor, ao autor da vida, aquele que nos dá a oportunidade única de nos reunirmos aqui neste lar tão especial, por um motivo tão importante e bem-dizer ao Senhor pela vida da sua serva, pelas bênçãos de Deus na vida dela, por um coração cheio de gratidão, que a levou a nos reunir aqui hoje para juntos agradecermos ao Senhor”.

“Gratidão é um sentimento muito nobre e só as pessoas que o entende, o faz. Dra. Márcia nessa noite convidou seus amigos, as pessoas mais chegadas do seu coração para agradecer. Quem agradece renova o crédito, todas as vezes que nós paramos para agradecer nós estamos renovando o crédito no céu, estamos dizendo a Deus que precisamos Dele em todos os momentos”, afirmou o Pastor Joel Leal.

Em seu pronunciamento oficial, Dra. Márcia enfatizou sua intenção de gratidão a Deus pelas bênçãos em sua vida. “Estou muito feliz em receber vocês aqui, ver aqui os amigos, meus familiares, as pessoas que convivem comigo. Quando eu idealizei esse encontro, em primeiro lugar eu consagrei ao Senhor. Estou saindo da Primeira Igreja batista após quase 20 anos, e que sou muito grata, e indo para a Segunda Igreja Batista, onde vejo um trabalho social muito importante. Eu disse ao pastor que eu quero ser útil na comunidade, agora que estou mais livre, meus filhos já estão criados, então eu quero fazer mais o trabalho social. Todos aqui atenderam ao meu chamado de trazer cesta básica, estamos aqui com um monte de alimento que o pastor levará para doação, então vamos nos alegrar e deixar Jesus fazer a obra”, pronunciou.

A pediatra também comentou sobre sua aposentadoria de perita médica. “Fiquei feliz que agora, depois de muita luta, saiu a minha aposentadoria do IML, pois conviver o tempo todo com violência é muito triste, então estou saindo feliz pela aposentadoria, mas triste por deixar esse trabalho que, apesar de difícil, é importantíssimo”, disse.

Entre os presentes na comemoração, estavam amigos, colegas de trabalho, funcionários e familiares de Dra. Márcia. Conversamos com alguns deles sobre a querida e admirada anfitriã.

Márcia e equipe do DPT: Verônica, Dilza e Dra. Milena

Agora ex-colega de trabalho de Dra. Márcia, Dilza Conceição Menezes falou com carinho da profissional com quem conviveu no DPT por mais de 20 anos. “Dra. Márcia foi uma grande médica, uma grande profissional do DPT, eu chorei de emoção quando contou que a aposentadoria saiu, porque iria ficar sem ela, mas alegre por ela ter conseguido se aposentar. Dra. Márcia é uma pessoa exemplar para todos os médicos de lá, uma pessoa boa, uma pessoa que nunca se negava a fazer o que pedíamos, ela fazia o trabalho mesmo fora do plantão dela, cobria plantão de outros médicos, nunca reclamava, uma pessoa sensacional. A falta dela será grande!”, exclamou.

A manicure Elza Brito, profissional que atende Dra. Márcia a mais de dez anos ressalta como características de sua antiga cliente, “mulher guerreira, simpática, alegre, tímida, medrosa; eu vejo essa mulher em Dra. Márcia”.

Márcia na companhia da filha Stephanie, o genro Lucas e a neta Olívia

Filha de Dra. Márcia, a auditora fiscal Stephanie Carvalho Fonseca Brandão, expressou seu sentimento de orgulho. “Minha mãe é uma mulher que pensa através do coração, tudo que ela faz é através do sentimento, minha mãe é uma pessoa que coloca sempre o amor, a emoção à frente da razão, ela é uma mulher espetacular, sensacional em tudo que ela faz, como esposa, como mãe, como profissional, como avó, é uma mulher muito admirável. Eu acho que essa questão de pensar no outro, de ser solidária, de pensar no social, faz dela ainda mais especial. Desde criança ela me ensina a ser assim, passa esse valor de me colocar no lugar do outro, até como mandamento bíblico, da gente amar o próximo, minha mãe é amor. Recentemente ela fez uma pós-graduação na USP, a essa altura da vida muitas pessoas pensariam só em descansar, mas ela foi atrás de se atualizar ainda mais na Pediatria, então ela é uma pessoa incansável, é um ciclo que ela fecha aqui, outro que ela abre em outro lugar, ela não para, está sempre bem busca de melhorar e de trazer também algum benefício para a sociedade, para o próximo, então é muito legal ver isso”.

Márcia com o filho Ronald Neto, a nora Sara e a neta Luiza

O médico radiologista Ronald Neto, primogênito de Dra. Márcia, brindou com todos a conquista da mãe e também falou conosco sobre o que acompanha em todos os papéis exercidos por Márcia. “Ela passou muito tempo fazendo um trabalho difícil como perita médico-legal, lidando com situações delicadas nessa rotina e agora encerra este ciclo e vai em busca de outras formas de contribuir com a sociedade, através das atividades da igreja. Isso demonstra o que ela é, a natureza dela sempre foi de fazer o bem ao próximo, tanto na atividade de médica pediatra como na de perita e nós nos espelhamos nisso, tentar seguir esse caminho de muita determinação e contribuição com a comunidade. É uma nova fase na vida dela, mas a essência continua a mesma. Durante todo esse tempo ela soube se dedicar à profissão ao mesmo tempo que sempre esteve presente em casa com os filhos, educando, cuidando e amando. Sou suspeito para falar, mas ela é uma mulher completa, que cumpre de maneira exemplar o papel de esposa, mãe, avó, profissional e irmã em sua igreja”.

Dr. Ronald Fonseca Filho, esposo de Dra. Márcia e Diretor Executivo da Uniclin Pró-Saúde

O esposo de Dra. Márcia, Dr. Ronald Fonseca Filho, Diretor Executivo da Uniclin Pró-Saúde sabe como ninguém o que significa a aposentadoria de sua conjugue, pois também atuou como legista por 22 anos.

“Ser médico passa para muitas pessoas, historicamente, uma visão de que o profissional tem que ser duro e frio, até para suportar as dificuldades da profissão, o que não é bem verdade, o médico tem sentimento, tem sensibilidade sobre todas essas questões, mas ele precisa ser firme eu diria firme, e, como legista você lida com o que tem de pior em termos de sofrimento humano, em termos de acidentes, de agressões, de mortes, e Márcia desenvolveu esse trabalho com sensibilidade e firmeza. Ela é uma pessoa agraciada, iluminada, e que mesmo após a aposentadoria, quer continuar dando sua contribuição à comunidade de Valença, e hoje se junta a essa obra da Segunda Igreja, que faz um trabalho social muito importante e eu tenho que parabenizar Márcia, não só pela passagem do seu aniversário, mas principalmente por essa postura, por esse compromisso com as pessoas, com as comunidades sem nenhum interesse pessoal, profissional ou político. Aquilo que Deus sempre fez por ela, ela está devolvendo à comunidade, ou pelo menos prolongando esse sentimento humano que Deus colocou no seu coração”, comentou.

Família reunida

Dr. Ronald falou também sobre a responsabilidade e o compromisso de retribuir à sociedade tudo que ela lhe proporciona, tendo o exemplo de Dra. Márcia. “O médico em si, a própria profissão exige isso, não que precise ser 100 % caridoso, mas um percentual do seu trabalho tem que ter essa performance. Se não tiver você jamais foi médico, jamais será bem-sucedido, jamais será reconhecido, mesmo que você não faça isso para ser reconhecido, para receber um prêmio, esse reconhecimento é a vida que dá e como nós tivemos hoje, uma reunião interessante, bacana, muito bem compartilhada com as pessoas que abraçaram a pessoa humana, a pessoa do ponto de vista da qualidade profissional, mas principalmente de qualidade espiritual que Márcia tem nesse momento da sua vida”.

Márcia e suas irmãs: Margarete, Jurema e Helena

“Falar de minha irmã é algo muito simples, porque ela é uma pessoa graciosa, amorosa, gentil, educada, super inteligente, não deixa de sempre estar disposta para ajudar o outro. Eu sou muito grata a Deus por ter ela nas nossas vidas, porque ela é uma pessoa muito feliz na vida dela, apesar de ter passado por tantos obstáculos, ela é como uma fênix, ela cai e depois se levanta, ela se refaz e constrói tudo de novo, ela nunca desanima, isso é uma coisa que nos ensina muito, eu mesmo sempre sigo todos os ensinamentos dela porque ela é exemplo mesmo de vida”, considera Maria Helena, irmã de Dra. Márcia.

Márcia e seus irmãos: Camilo, Paulo e Marcos

“Tudo que ela faz é com muita perfeição, ela se dedica ao máximo, essa garra, essa luta, essa força dela é uma coisa que nos deixa admirados, então eu acho que aí é um Deus muito forte, que ilumina os caminhos dela, que dá força, que dá luz, energia, para mim é um exemplo de vida espetacular, eu a tenho hoje como uma guerreira mesmo, muito emocionante falar dela, que Deus lhe dê mais saúde a cada dia e continue sempre auxiliando ela em tudo. É isso que eu desejo”, acrescentou Maria Helena.

Márcia com o casal Dr. Bruno, delegado de Polícia, e Dra. Milena, médica legista

O Delegado de Polícia Bruno Pereira, enalteceu a personalidade de sua colega de trabalho e tia de sua esposa. “Doutora Márcia é uma pessoa diferenciada, é uma mulher que tem um semblante que acalma qualquer pessoa que chega próximo dela, uma pessoa humilde, dedicada à profissão, amiga, de uma áurea muito boa. Eu fui muito agraciado em conhece-la por parte da minha esposa que é sobrinha dela, Márcia é uma pessoa que a gente tem a maior admiração. Profissionalmente, Márcia é uma pessoa que desempenha suas funções não apenas com afinco, mas com bastante amor, com bastante controle emocional, muita fé em Deus e proteção divina, e isso é que fez um diferencial nela, isso tornou ela ainda mais brilhante nas suas funções”, destacou.

“Dra. Marcia é um exemplo para mim! Ela é uma tia muito querida, irmã de meu pai, e foi quem me estimulou a fazer o concurso para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) em 2014. Se hoje eu sou perita médica, agradeço a Deus e a ela! Para todos os concursados, é necessário passar por uma formação técnica na Acadepol para sermos peritos e termos as habilidades e conhecimentos necessários para exercermos nossa função com respeito à sociedade a qual servimos e o cuidado com o erário público. A formação humanitária, nós vamos adquirindo com o trabalho diário e com exemplos como o que eu tive de minha tia que sempre se dedicou com muito empenho e presteza ao DPT. No departamento, além de mim, temos outros colegas legistas que atuam em Valença e, com certeza, todos nós sentiremos saudades de minha tia, uma colega de profissão prestativa e muito querida por todos. Teremos um novo concurso nesse ano de 2022 e esperamos, que após todo o processo e as etapas findarem, novos legistas venham para ajudar a compor a equipe e mantermos a qualidade no atendimento. Não diria que vim para substituir minha tia porque com certeza ela é insubstituível por suas ações e história na cidade de Valença”, ressaltou Milena Souza, sobrinha de Dra. Márcia.

Ainda sobre sua a tia, Milena comentou: “Tia Márcia é um espetáculo em tudo o que faz! Ela está, constantemente, atualizando-se nos congressos, cursos, pós-graduações e discutindo os casos com outras especialidades. Minha tia vive a medicina diariamente; lembro quando eu era criança, de presenciar os pais recorrerem aos cuidados dela como pediatra, em qualquer momento do dia! Para mim, tia Márcia é uma inspiração de como ser uma médica humana, simples e dedicada! Na família, minha tia faz questão de participar de todos os momentos dos seus parentes! Nós a amamos! Tia Márcia cuida de todos da família e nos dá orientações pautadas na retidão, no carinho por nós e em Deus! Sou grata por tê-la como tia na minha vida!”.

ENTREVISTA COM MÁRCIA EDINGTON FONSECA 

JVA:  Márcia, hoje finda um ciclo. Como você se sente com o término desse ciclo?

Dra. Márcia Fonseca: Eu sinto como se estivesse sendo arrancado um pedaço de mim, porque foi muito tempo da minha vida ali, muito tempo convivendo com as pessoas da comunidade, com os problemas sociais, então quando sai a   aposentadoria e a gente se afasta, a gente se sente um pouquinho órfão, a gente quer ajudar, mas de qualquer forma foi nua hora certa, porque eu já precisava diminuir minhas atividades pelo tempo que já estava na Polícia Civil como Legista, mas eu continuo na Medicina, como como pediatra.

JVA:  Quem não te conhece, não sabe avaliar a potencialidade que você é e que você foi com profissional. Você se dedicou e se debruçou na contribuição social, pois sua profissão também foi uma contribuição social pela necessidade que o município tinha. Qual mensagem você deixa para a sociedade, para os profissionais, para os cidadãos, que percebe que existe hoje uma necessidade social para apoiar a cidade, como Valença, e de repente só vive no muro da murmuração e não desenvolve ações que venham engrandecer, que venham contribuir e venham fazer com que tenhamos uma cidade melhor. Você de uma forma muito sutil, muito silenciosa, foi uma guerreira nesse sentido.

Dra. Márcia Fonseca: Pra trabalharmos como Servidor Público, temos que ter em mente que nós estamos servindo, não é só receber o dinheiro no final do mês, não é só você fazer seu papel e ir pra casa. Se você vai sair de uma sala, apague a luz, desligue o ar condicionado, às vezes falta um clipe, um papel, leve, eu sempre tive essa ideia de contribuir com a repartição que eu fazia parte. Em relação à população é como se você tivesse não só desempenhando o seu papel de servidor público, mas pensando de que maneira você pode contribuir para diminuir essa violência que anda em todos os lugares, não só Valença. Ter um olhar diferente no social, olhar o outro com um olhar mais humano, escutar o outro, isso que eu sempre quis fazer.

JVA:  Márcia você trabalhou numa área extremamente difícil, mas você não deixou de ser a mulher, a esposa, a mãe, e graças a Deus você tem uma família harmoniosa, feliz, filhos bem criados. Que mensagem você deixa para essa harmonização social que todo ser humano almeja, mas não sabe às vezes como conquistar isso.

Dra. Márcia Fonseca: É não se deixar levar pelas dificuldades do momento, é tentar equilibrar. Com minha função de pediatra eu equilibrava, eu saía às vezes do meu trabalho um pouco arrasada pelo que eu estava vendo, mas ao mesmo tempo eu convivia com o sorriso de uma criança no consultório, isso me alegrava. Eu chegava em casa e tentava de alguma maneira aliviar meus medos, meus pânicos de trabalhar com tanta violência, num lugar muito insalubre, então eu tentava sempre equilibrar o meu lado humano, de esposa, de mãe, de profissional, de dona de casa com aquele papel que foi eu que escolhi, eu que quis fazer o concurso, que quis dessa maneira contribuir com essa parte porque eu sou uma mulher que sempre quis conquistar meus passos, meus direitos, meu espaço, meu local, e eu batalhei por esse concurso, passei, e do tempo que eu exerci meu papel, eu creio que eu fiz além do que foi necessário.

JVA: Você sem querer, diz que não é, mas sendo, uma mulher forte, determinada, corajosa, e, por trás dessa mulher, tem também uma mulher de muita crença, muito arraigada em valores. Nos fale um pouco dessa crença, desses princípios e valores.

Dra. Márcia Fonseca: Eu acho que a nossa saúde tem que ser física, mental e espiritual, o ser humano para ter saúde integral tem que desenvolver esses três aspectos. Eu sempre prezo pela minha saúde, faço atividade física, cuida da alimentação, na parte mental eu gosto muito de leitura, gosto de desenvolver essa parte e a parte espiritual eu preencho indo na minha igreja, eu sou evangélica há muito tempo e eu me sinto plena exercendo essas três esferas da minha vida, e a parte espiritual é a que me enche, me dá força, me dá ânimo para eu trabalhar na parte profissional, na parte de mãe, de esposa, de cidadã que busca servir a comunidade.

JVA: Suas considerações finais em relação a esse ciclo que finda aqui profissionalmente.

 Dra. Márcia Fonseca: Eu ficarei com boas memórias, principalmente das pessoas que trabalharam lá comigo no IML, das pessoas que eu pude ajudar enquanto estava lá, e espero que haja mais concurso para preencher o quadro que ficou um pouco defasado e para que a comunidade seja bem servida.