Os artistas Valencianos estiveram no palco durante 6 dias para se apresentar na cidade.

Quarta feira, dia 8 de junho

Show da Banda Os Aimorés agitou a praça da Republica.

Zai Pereira e Kiko Santana membros da Banda Os Aimorés

Zai Pereira voz e violão, Marcus Soledade na bateria, Caio Almeida no Baixo, Kiko Santana na Guitarra, David Terra no Cajon e efeitos.

A banda lotou a praça da República. Os músicos valencianos estão engajados na memória da cultura dos povos indígenas. Os textos escritos por Zai Pereira, filho da cidade são bem fortes conseguindo entender e transcrever as problemáticas da sociedade brasileira e região. A luta contra o racismo, o machismo, o individualismo, o capitalismo, o reconhecimento da cultura Afro Brasileira e indígena são as temáticas defendida pelos Os Aimorés.  Uma música de protesto com uma grande influencia da musica Africana, a música da banda Os Aimorés conquistou a praça.

“Nunca se vence uma guerra lutando sozinho, cê sabe que a gente precisa entrar em contato.”Raul Seixas (#‎TocaRaul)

Quinta, 9 de junho

A Nova MPB Valenciana com os músicos Rafique Nascimento, Ronaldo Soares e Reinan Acioly; novos talentos da cidade eles já são as estrelas do palco da praça da República.

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Sexta, 10 de junho

A banda valenciana Anarcomangue lançou seu primeiro CD, muito bom de ouvir e ver o público pulando ao som da banda.

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Lançamento do CD da Banda

Lançamento do CD da Banda

Membros: Marcelo Natureza (voice&guitar) Fred Crispim (Drums) Tibuço (Bass) Albert "Café" (Percussions)

Membros: Marcelo Natureza (voz & guitarra) Fred Crispim (bateria) Tibuço (Baixo) Albert "Café" (Percussão)

A banda defensora do Manguezal, propõe um álbum e um show engajado politicamente para a proteção e conservação dos mangues principalmente da região, o respeito às raízes indígenas com uma música que fala sobre essa temática sobre os índios da região e de suas dificuldades. Um som muito bem recebido e o show foi excepcional.

Sábado, 11

David Terra e os indecorosos se apresentaram ao por do som! O músico propôs um repertório diferente que a praça curtiu muito sendo um sucesso junto com o pôr do sol!

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Domingo, 12

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O SEIVA fechou com chave de ouro. Edyelle Brandão, nova diva da cena valenciana ofereceu um show de grande qualidade para esse dia especial dos namorados.

Uma energia e uma voz incrível uma estrela que nasceu!

O SEIVA 2016 reuniu duas Bandas do cenário baiano atual: da cultura Hip Hop com o Quadro e de música africana Afro beat com o IFA foi o maior sucesso na praça da República.

O jornal Valença Agora estava presente e entrevistou as duas bandas:

Sexta 10 de junho a banda O Quadro fez tremer a praça da republica de Valença!

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O Quadro é um banda baiana da região sul da Bahia, que representa essa tendência do Hip Hop, intitulada Nova Escola (New School), que busca inovações estéticas a partir do diálogo com outros estilos musicais e movimentos culturais. Ou seja, as composições do grupo oscilam entre a bravura e a brandura, o local e o universal, vão do ijexá ao afrobeat, sem deixar, por isso, de ser Rap.

Por esse diferencial e pela riqueza de referências em suas letras, O Quadro carrega o mérito histórico de ter sido:

-a primeira banda de Hip Hop a se apresentar no Teatro Castro Alves em Salvador (2008),

-indicado ao prêmio Hutuz (maior festival de Hip Hop da América Latina), concorrendo na categoria melhor banda norte/nordeste 2008;

-citado em um dos mais importantes cadernos culturais do Brasil, a revista Bravo! na matéria “Os Novíssimos Baianos” 

E eles estavam em nossa praça!

Jornal Valença Agora: Como se formou a banda ?

Somos filhos de Ilhéus e representantes de um seguimento cultural. Ilhéus é uma cidade pluricultural pelo fato de ser uma cidade portuária, uma cidade turística e tem um fluxo de pessoas muito grande então as informações correm, apesar de ser  uma cidade do interior é uma cidade onde as manifestações artísticas são muito produtivas e tem espaços.

Antes de ser músicos somos amigos desde a adolescência, crescemos juntos em Ilhéus. Temos em comum o amor pela música e a amizade conquistada durante nossa adolescência. A base dessa união um gosto pela musica alternativa, a música de protesto, a música construtiva, dentro desse universo da música o rap com certeza é o que mais dialoga com nossas realidades. Nossa união foi se construindo desde a décadas de noventa e em 2002 fechamos esse formação onde estamos tocando usando nossa arte como expressão real. Músicas rap, hip hop que reflete nossa visão, nosso quadro perspectivo.

Jornal Valença Agora: Porque escolher o RAP e o Hip Hop como referenciais?

Nosso estilo de música nasceu na periferia dos Estados Unidos e de outros lugares. Para mim o RAP e o Hip hop é a diáspora retornando para a África o que a África deu como a batida e a rima. Identificamo-nos com esse estilo de música e usamos o rap para traduzir nossa realidade, nossa cultura, nosso local, nossa vivencia e poder dar uma visão de nosso mundo! Partindo da América do sul, do Brasil, do nordeste do Brasil, da Bahia, do sul da Bahia, ou de Ilhéus.

Nosso som faz parte da cultura baiana negra afro-brasileira!

Jornal Valença Agora: Como a cultura Rap chega até vocês?

Sempre fomos muito curiosos, na nossa época no tinha internet. A gente comprava muitas revistas que tivessem informações sobre cultura Hip Hop então conseguimos colher varias informações e boa parte da juventude de nossa geração não estava interessada por esse tipo de música ou nessa nova cultura. Sempre buscamos e fomos atrás de nossos referenciais.

Hoje com internet é muito mais fácil. Antes para conseguir uma fita, uma cassete, uma gravação dos grupos era muito difícil. Os grupos norte americanos eram mais acessíveis que os grupos brasileiros. Na década de noventa com a musica de Gabriel o Pensador o Hip Hop sai do escuro e passa a ser vista pelos brasileiros. A cultura Rap passa a ser referência da juventude baiana alternativa. Para a gente do interior da Bahia sempre foi mais difícil para conhecer outros sons.

Mais com a falência da lavoura do cacau, muita gente migrou para a região de São Paulo e essa geração que foi trabalhar em grande empresas como operário e moravam na periferia conheceram a cultura Rap e a trouxe para nós aqui na Bahia. As fitas chegavam com os filhos dos lavadores do Cacau .

Influenciou muito, tivemos acesso a várias culturas durante essa época!

Jornal Valença Agora: Fora do Brasil como a banda está sendo recebida?

Lançamos um disco em 2011, com esse disco conseguimos ter uma projeção nacional. Através de internet disponibilizamos o disco em download grátis e isso tomou uma proporção grande. Com o blog pessoas com influência no mundo da musica começaram a falar sobre o disco e chegou em outros lugares do mundo. Fizemos uma turnê na Inglaterra e na Alemanha tocando em vários festivais como na Dinamarca.

Estamos felizes que nosso som viage pelo mundo! Sempre acreditamos em nossas escolhas!

Sabado, 11 de junho tocou a banda IFA Afrobeat.

Esta big band de música africana e afro-brasileira é um dos grandes destaques dos palcos culturais do carnaval 2016 de Recife, Salvador e Aracaju. Uma das bandas mais conceituais da cena Baiana, o IFA tem circulado o interior da Bahia numa turnê que já passou por Juazeiro, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus e Itabuna.

A nigeriana Okwei V. Odili cantou com a banda e sua linda e grande voz nigeriana.

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O jornal Valença agora estava presente encontro com o IFA Afrobeat- que ofereceu o som de alta qualidade para Valença!

O IFA é uma banda relativamente recente, temos 3 anos de estrada , temos feito com muita dedicação um trabalho de musica instrumental. Todos somos músicos de carreira e agora nos juntamos para tocar e apresentar esse trabalho de funk reggae, samba com Afro beat. Temos uma conexão muito forte com artistas africanos, uma dela foi a Okwei V. Odili, nigeriana .

Através de nossa música instrumental pregamos os princípios do Pan africanismos, que saiu da Martinica, enraizou na França e em vários lugares do continente africano e da Europa, no Brasil também. Nosso objetivo e divulgar mais esses princípios e essa rica cultura!

Para eu (Fabricio Mota líder da banda) tocar em Valença hoje é muito emocionante porque a parte materna de minha família é toda daqui, praticamente fui criado em Valença. Em minha juventude, infância e adolescência passei muito tempo aqui na cidade. Minhas raízes são valencianas, são do rio Una.

Para mim foi muito especial esse show poder tocar no lugar que vinte anos atrás vinha brincar na praça e comer pipoca, tenho lembranças de infância muito fortes aqui nessa praça. Fiquei muito feliz hoje de ver a cidade de Valença muito africana, muitas pessoas estavam com o blackpower, em uma juventude afirmando sua negritude, fiquei muito orgulhoso e feliz de ter conhecido esse público de Valença.

O Brasil é um pais que tem uma grande influência africana. Nossa maneira de vestir, a comida, a filosofia de nosso povo é africano. Durante muitos anos o Brasil foi muito cruel com essa presença africana, então durante muitos anos a educação e arte deram as costas para a cultura de matriz africana. Ainda a cultura afro-brasileira é mal vista então afirmar sua cultura africana e suas raízes é para afirmar suas diferenças e a diversidade dentro de nosso país e nosso estado .

Nossa música é uma grande homenagem a esse grande universo cultural. O mundo começou na África. Estamos celebrando a África com nosso som! Estamos muito honrados em termos sido convidados pelo SEIVA e esperamos poder voltar em breve!

Crédito Foto: Rafique Nascimento e Corote, Alexsander Pereira, Viviam Baião, José Iago e Luana Oliveira

Uma resposta

  1. Douglas

    Ótimo jornal estão de parabéns mas um concelho antes de postarem algo pesquise mas um pouco afundo domingo 12 de junho teve a participação da banda Covermind para fechar o último dia!

    Responder

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