Falece em Valença, Edilton Brito Costa, ex-jogador que brilhou no Esporte Clube Vitória Jornal Valença Agora 10 de maio de 2024 Bahia, Notícias Carinhosamente chamado de Didico, Edilton Brito morava na Casa Francisco de Assis, antigo Lar dos Velhinhos A Casa Francisco de Assis, abrigo de idosos localizado em Valença-BA comunicou na manhã desta sexta-feira (10), o falecimento do seu morador Edilton Brito Costa, ex-jogador de diversos clubes, entre eles o Esporte Clube Vitória, do qual se tornou um de seus maiores goleadores. “É com pesar que comunicamos o falecimento do Senhor Edilton Brito Costa, 1936-2024, morava atualmente na Casa Francisco de Assis, Valença-Ba. Quando jogador nos anos 60 era conhecido como Dídico o diabo loiro e jogou em alguns times, entre eles o Bahia, Fluminense de Feira e Vitória. Neste momento de dor toda a nossa solidariedade aos familiares e amigos”, informa a nota da instituição. Ainda não informações sobre a causa do falecimento, velório e sepultamento. Leia a seguir trechos do artigo sobre Didico escrito pelo jornalista esportivo Milton Filho, extraído do site Arena Rubro Negra: Na década de 60 o Vitória contou com um importante centro-avante em seu plantel para chegar ao bicampeonato baiano. Era ele Didico, atleta que anteriormente havia defendido o Bahia e ainda vestiu também a camisa do Galícia. O mesmo chegou ao clube por meio de uma troca e não deixou de vestir rubro-negro tão cedo, pelo contrário, viria a passar cerca de cinco temporadas defendendo o Leão da Barra. Edilton Brito Costa nasceu na cidade de Itajuípe-BA no dia 12/02/1936. Iniciou no futebol pelo Flamengo de Ilhéus em 1958. Ainda no mesmo ano começara a defender a equipe do Galícia, na qual permaneceria até o ano de 1961, quando começou a atuar pelo Náutico. No mesmo ano voltou a Boa Terra, onde defendeu o Fluminense de Feira. Não demorou muito e foi ao Rio de Janeiro atuar pelo Fluminense, lá não emplacou e de volta as terras baianas começou a defender o Bahia. Anos depois, em 1963 os desentendimentos do zagueiro Roberto Rebouças com a diretoria do Vitória resultou numa troca entre a dupla BaVi. Cada time supriu sua necessidade, o tricolor achou seu defensor e o rubro-negro o seu goleador. Didico começou no decano em 1963, mas seria a partir do ano seguinte que ele viria a despontar. O atacante tinha faro de gol, e por isso foi alcunhado com mais de um apelido. Tem quem o chame de “O terrível matador”, outros dirigem-se a ele como “Diabo Loiro”. Parafraseando Gustavo Mariani: “bola na área, ele sempre fazia dormir na rede”. Em 1964 ele integrou a equipe que conquistou o Campeonato Baiano. A decisão foi contra o Bahia e o primeiro jogo da final aconteceu em maio de 1965. O Leão da Barra que vinha de derrota pro arquirrival (uma semana antes) desta vez venceu por 2 a 1, gols de Didico e Reginaldo. O jogo de volta ocorreu cinco dias depois, dessa vez o rubro-negro perdeu por 2 a 1, mas Didico deixou sua marca. A partida final viria a acontecer somente no dia 30 de maio. Sob a arbitragem de Etel Rodrigues o rival saiu na frente com Mário, mas Itamar descontou duas vezes, o que fez com que o título ficasse para o lado vermelho e preto. Nessa formação de 1964, Didico aparece como o terceiro agachado entre Bartola e Fontoura. Entre agosto e setembro de 1965, o Vitória participou da Taça Brasil e o Diabo Loiro deixou sua marca na partida Vitória 2 x 1 Campinense, o outro tento foi de Adelmo. Sete dias antes a dupla já havia balançado as redes no triunfo em 2 a 0 sobre o Ypiranga. O atacante prosseguiu na equipe para o Baianão de 1965, á época a imprensa desportiva baiana boicotava o Vitória. Mesmo diante desta adversidade, com ajuda do Terrível Matador que marcou cinco gols na campanha, o clube chegou a final e numa melhor de três, venceu o Botafogo-BA por 1 a 0 no 2° jogo, empatou os outros dois e sagrou-se bicampeão baiano. Tal feito só havia sido conquistado uma vez, em 1908/09. Didico e Romenil num aeroporto durante a campanha da Taça Brasil em 1965. Uma curiosidade é que em 1965 o Vitória por pouco não renovou com o atleta. O clube não tinha como renovar o vínculo, mas os torcedores correram atrás. Promoveram eventos na sede que ficava situada em Amaralina e em um desses o dinheiro arrecadado não foi o suficiente pra pagar o cachê do cantor Zé Keti. Assim, foi dado ao centroavante o título de sócio do clube, ele aceitou e prosseguiu no plantel. Dois meses após levantar a taça, o Leão estreou no Campeonato Baiano de 1966 com uma goleada em 3 a 0 pra cima do São Cristovão, dois dos gols foram de Didico. Ele voltaria a marcar a mesma quantidade na partida seguinte, porém desta vez o rubro-negro venceu o Estrela de Março por 10 a 0. Cerca de um mês depois deixou sua marca novamente com dois tentos no triunfo em 4 a 0 sobre o Guarany-BA. A participação na Taça Brasil veio e Didico marcou em dois dos jogos. Na vitória em 4 a 2 sobre o CSA e no chocolate aplicado em 4 a 0 pra cima do Fortaleza, ambos confrontos fora de casa. Permaneceu no clube até a temporada de 1967. Em 1968 passou a defender o Leônico, seu último clube na carreira, no qual se aposentou em 1970. Em 1999, no centenário do Vitória, Didico estava presente ao lado dos ídolos Romenil (seu companheiro de equipe) e Petkovic (que estrelava durante o fim dos anos 90). Na data foi condecorado com a Medalha do Centenário. Imagens: Arena Rubro Negra Deixe uma resposta Cancelar resposta Seu endereço de email não será publicado.ComentarNome* Email* Website