C com C - Sergio Herrera vinheta

O objetivo do trabalho se concentrou na articulação entre teoria e prática estimulando a apropriação crítica e reflexiva sobre os elementos constitutivos da dimensão da diversidade cultural que permeia a realidade valenciana, enfatizando as características dos grupos sociais regionais.

Assim, após deliberações e considerações a turma decidiu fazer uma apresentação cultural na Praça da República de Valença tentando resgatar as manifestações culturais que, até à época, faziam parte da memória histórica cultural da região. A turma se dividiu em pequenos grupos encarregados de preparar tudo que fosse necessário para a apresentação, inclusive, de serem os protagonistas principais da festa, tendo como anfitriões do encontro a professora Maria Salete L.V. Pereira e o professor José Juliano S. Brito enquanto apresentadores. A seguir desenhamos um pequeno retrato do que foi tal acontecimento.

Na oportunidade contamos com a presença da Sociedade Filarmônica 24 de Outubro que deu início alegrando o encontro com seu repertorio de marchinhas de carnaval. Instituição que através da arte musical cumpre um papel fundamental na formação de cidadania em torno de valores éticos de relevância social, aliás é preciso ressaltar que este ano, a filarmônica, cumpre os 91 anos da sua fundação e reafirmação valiosa do seu compromisso social.

A música enquanto extensão da criatividade humana não se afasta da relação entre homem e a natureza que são os elementos que lhe oferece as condições de representar as expressões simbólicas da sua polissemia cultural. Por outro lado, constitui a manifestação do sentido da sua existência valorizando a sua capacidade de conhecer, criar, produzir e transformar.

É isso que conseguimos testemunhar com a apresentação do Projeto os Meninos do Tambor. Afinados na sintonia, cada menino percussionista estava no ritmo do balanço com o tambor de lata que eles próprios tinham construído; ritmo cadenciado e contagiante que acabava definindo o balanço dançante de quem assistia. Com a baqueta nas mãos, os meninos faziam com que a caixa de ressonância seja percutida com toda a energia da habilidade do seu criador, em nada invejava o melhor som do atabaque ou qualquer outro, o que sim valia era a batida festiva, ritualística, nos lembrando as raízes da nossa cultura ancestral. Potencia sonora de marcação rítmica da nossa identidade cultural.

O projeto foi um trabalho realizado pela Fundação de Assistência ao Menor do Baixo Sul (FAMBS), em parceria com o conselho municipal dos direitos das crianças e do adolescente que, à época, era coordenada pela profa. Flávia Negrão. O objetivo foi desenvolver um espírito artístico e cultural contribuindo com os meios favoráveis para o crescimento físico, mental e moral das crianças concretizando, dessa maneira, a sua participação ativa e construtiva com a sociedade. O programa desenvolveu suas atividades desde março de 2000, atendendo aproximadamente 70 crianças entre 7 a 18 anos de idade, tanto com orientação social inclusive as respectivas famílias, além do treinamento musical.

Compartilhamos com esse empreendimento tentando valorizar e reavivar as expressões culturais do município e região, destacando as formas com que manifestan as relações sociais, trazendo à tona a singularidade da sua organização social, seu arraigo cultural, o “jeito de ser” com detalhes significativos que emitem e dão sentido à complexa relação entre o homem e as suas representações sociais tradicionais e/ou modernas que delineiam o estar no mundo.

Assim, entre as várias conotações desses traços essenciais, temos aquelas que estão atreladas as questões religiosas. Foi o caso da segunda apresentação que incorpora a importância da relação sincrética entre o sagrado e o profano, o tempo e a ritualização que configuram uma visão de mundo.

Ainda continua na próxima edição.... Acompanhe...

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