JANELAS ABERTAS GREGÓRIO JOSÉ

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas disse que é desleal que em pleno século XXI, as empresas brasileiras, sejam elas da indústria ou do varejo, enfrentem uma disparidade tributária gritante que favorece os produtos importados e sufoca o comércio local. Digo mais, é VERGONHOSO.

Enquanto o empreendedor nacional se desdobra diariamente para manter seu negócio em meio a uma carga tributária opressiva, produtos estrangeiros desembarcam em nossos portos sem pagar os mesmos impostos. Esse cenário cria uma concorrência desleal que exige uma solução imediata.

Num contexto de eleições municipais e com o governo federal pressionado para alcançar o equilíbrio fiscal, o Congresso Nacional discute agora a taxação de produtos importados de até US$ 50. Inacreditavelmente, vemos uma aliança inusitada entre governo e oposição, ambos defendendo que os consumidores continuem a comprar esses produtos de “pequeno valor” do exterior sem a incidência dos mesmos impostos que recaem sobre os produtos nacionais. Isso é uma afronta à lógica da justiça tributária. A manutenção dessa desigualdade tributária é simplesmente indefensável.

O impacto dessa desigualdade é devastador para o mercado interno. A isenção fiscal para produtos importados provoca distorções profundas, fomenta uma concorrência desleal e enfraquece a indústria nacional. Com fábricas fechando e a capacidade produtiva diminuindo, perdemos empregos. Não é apenas uma questão econômica, mas uma erosão do desenvolvimento tecnológico e da inovação em nosso país.

A ideia de que taxar produtos importados prejudicaria a população é um argumento falacioso. Pesquisas da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que todas as classes sociais estão comprando produtos internacionais, beneficiando-se da isenção tributária. Esses gastos representam recursos significativos que deixam de ser investidos e arrecadados no Brasil, afetando diretamente nosso desenvolvimento econômico e social.

O setor de comércio e serviços do Brasil tem sofrido há anos com as consequências de um ambiente de vendas injusto e desequilibrado. É chegada a hora de o Parlamento brasileiro mostrar bom senso e revogar essa isenção injusta, em defesa do verdadeiro desenvolvimento socioeconômico do país. A CNDL, como principal representante do setor de comércio e serviços, confia que os deputados e senadores agirão em prol de um Brasil mais justo e competitivo.

Nós brasileiros gostamos de um desconto, mas quando somos prejudicados descaradamente e vemos nossas empresas fecharem as portas, temos que dar um basta e lutarmos por comprar produtos nossos, onde sabemos que geram emprego, renda e nutre famílias.

 

Imagem em destaque: Gerada pelo Copilot.

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