C com C - Sergio Herrera vinheta

Estamos na reta final da recepção da nova gestão municipal em Valença, junto com eles o caminho que percorreremos rumo a realização das iniciativas do discurso político proferido durante toda a campanha eleitoral. Novas perspectivas à espera da realização do desenvolvimento socioeconômico, que por ora, ficou relegado à carência de uma racionalidade administrativa do bem público. Seremos testemunhas ativos (espero) de realizações de maior relevância para a comunidade valenciana (também espero). É o desafio que a política nos propõe.

A política toma força e vitalidade no reconhecimento de direitos e de solidariedade, consequentemente, se considera a correlação de forças que medeia os conflitos sociais na conquista dos valores morais de uma ética social. Os desdobramentos desta iniciativa correspondem à experiência de respeito social na qual, os processos de transformação social, são explicados na reciprocidade de reconhecimento que promoverá o desenvolvimento social.

Busca-se, então, a reconstrução da legitimidade das instituições municipais encarregadas de consolidar as demandas sociais, incialmente, de infraestrutura urbana que visa a justa construção de bens materiais que, em sucessivas aproximações, concretizam, posteriormente, a pauta da dignidade humana e com ela a integridade física sem deixar de lado o reconhecimento dos valores da diversidade cultural e a forma social da vida.

Até agora a direção do rumo social ficou atrelado as ambiguidades dos interesses das ideologias político partidários, a cada gestão administrativa ficamos na espera da realização da esperança dos anseios sociais. Pouco ou quase nada conseguimos quanto às melhoras da qualidade de vida. Em direção contraria, ficamos confinados à lamentável precariedade do espaço urbano que nos mantém em permanente conflito.

A nossa cidadania fragmentada entre as projeções ideológicas de situação e de oposição acabaram por nos conduzir ao abismo de sermos simples espectadores do nosso silencio conivente com o que acontecia na política, como se por arte de magia aparecessem a realização dos nossos objetivos, enquanto aqueles ficavam cada vez mais afastados da função precípua da delegação dos nossos direitos. Crasso erro nosso, conseguimos deixar de pensar o que podemos fazer por esta realidade social? Por que acreditar que os outros decidem “o melhor” para nós quando, cientes do que queremos, podemos lutar para conquistar e construir o bem público? Quanto nos importa construir para as futuras gerações?

Ao conjunto desses questionamentos chamamos de integração social, de identidade social, de Política de Compromisso com nós mesmos, de presenciar que as individualidades, as instituições municipais e sociais se reconheçam como pertencentes desta terra que os viu nascer. Por ela, para ela numa verdadeira simbiose política fruto da nossa real identidade, fruto do nosso próprio esforço sem que déssemos valia à tenebrosa máscara do qual os outros mofam por termos parado no tempo.

A expectativa, portanto, é a construção do reconhecimento da diferença a partir de uma política cultural que tem, como obrigação social, identificar, considerar e contornar a desigualdade material estrema. Assim, promover o custo social consiste em materializar a justiça social que se desdobra nas possibilidades de um amplo progresso social. Que as demandas socais estejam na ordem do dia, que a repercussão não fique como um grito no deserto e sim extensivo, para que o executivo e legislativo municipal, assumam o compromisso de construir padrões sociais no intuito da criação de igualdade de participação.

Que todos nós sejamos bem vindos a coisa pública, nos pertence e pertencemos a ela porque é direito de todos.

 

 

 

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