Fonte: g1 | Foto: Jonathas Lins/Secom Maceió

Números do Caged foram divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (30). Na comparação com 2023, houve aumento de 16,5% na criação de postos de trabalho com carteira assinada.

A economia brasileira gerou 1,69 milhão de empregos com carteira assinada em 2024, informou nesta quinta-feira (30) o Ministério do Trabalho.

Ao todo, segundo o governo federal, no ano passado foram registradas:

  • 25,57 milhões de contratações;
  • 23,87 milhões de demissões.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os números mostram um aumento de 16,5% em relação ao ano de 2023, quando foram gerados 1,45 milhão de postos de trabalho (dados ajustados).

Com isso, após dois anos de desaceleração, a criação de empregos formais voltou a ganhar velocidade em 2024.

Os números oficiais mostram que, somente em dezembro do ano passado, as demissões superaram as contratações em 535,54 mil vagas formais. Esse foi o mês de dezembro com mais demissões desde o início da série histórica, em 2020.

Normalmente, há demissões no último mês de cada ano por causa da sazonalidade do comércio. O governo também tem observado demissões no setor público, principalmente nas áreas de educação e saúde, com o encerramento de contratos temporários.

  • Ao final de 2024, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 47,21 milhões de empregos com carteira assinada.
  • O resultado representa alta na comparação com dezembro do ano anterior (45,51 milhões).

Momento da economia

A melhora na abertura de vagas com carteira assinada, em 2024, em conjunto com a queda do desemprego, acontece em um momento de forte aquecimento da economia brasileira.

A previsão de economistas do mercado financeiro é de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha registrado expansão de 3,5% em 2024, contra um crescimento de 3,2% (dado revisado) no ano anterior. O resultado oficial do PIB do ano passado será divulgado pelo IBGE em 7 de março.

A força da economia, entretanto, também é apontada por analistas como um dos fatores que têm pressionado a inflação, que ficou acima da meta no ano passado ao somar 4,83%.

O mercado de trabalho dinâmico, segundo o próprio Banco Central, responsável por conter a alta de preços, tem elevado a inflação do setor de serviços.

Por conta da economia em forte expansão, alta do dólar e aumento de gastos públicos por parte do governo federal, o BC tem elevado a taxa básica de juros da economia brasileira — justamente para conter as pressões inflacionárias.

Nesta quarta-feira (29), subiu a Selic pela quarta vez seguida, para 13,25% ao ano. E a previsão dos economistas é de que o juro continuará subindo nos próximos meses, atingindo 15% ao ano em junho de 2025. Se confirmado, será o patamar mais elevado desde meados de 2006, ou seja, em 19 anos.

Salário médio de admissão

O governo também informou que o salário médio real de admissão foi de R$ 2.162,32 em dezembro do ano passado, o que representa queda em relação a novembro (R$ 2.163,22).

Na comparação com dezembro de 2023, também houve aumento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 2,128,90.

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