C com C - Sergio Herrera vinheta

Agitada foi toda a mobilização eleitoreira, de maneira direta ou indiretamente, todos participamos da escolha, mesmo que a nossa ação tenha sido motivada por questões particulares, de interesse ideológico partidário ou de consciência política, acabamos por permitir os rumos do desenvolvimento econômico, político e cultural sob comando de uma nova gestão administrativa, que esperasse faça jus a essa delegação coletiva, por tanto, democrática.

Entretanto, parece oportuno assinalar o tratamento das habilidades diretivas que a nova gestão assumiu em nome dos interesses do município de Valença. Referimo-nos tanto a gestão interna da organização institucional; tanto quanto da relação com aqueles que fazem parte desta realidade social através da gestão política. Dinâmica complexa e indissociável já que se trata do desafio da organização institucional, executivo e legislativo municipal, de administrar as prementes demandas sociais sem que se afastem do que os cidadãos esperam dela.

Grande parte dos problemas da agenda pública está na capacidade de organização para gerar um valor público e efetivar alto grau de satisfação dos usuários dos serviços públicos que se oferecem. Não se trata somente de elaborar diagnósticos e selecionar respostas que outrora tem demostrado a sua eficácia, mas agora, vai além dos protocolos de atuação e ações de contingencia. Isto é, que a mesma definição dos problemas depende das diferentes perspectivas de leitura que se faz da realidade e dos valores sociais que concorrem. Muitas das vezes o percalço a todo empreendimento diverge das iniciativas de um executivo e/ou legislativo, mesmo assim, fazem parte de forma crítica obrigando a repensar e redefinir intervenções que incorporem significativamente a participação social em suas diferentes manifestações e modalidades.

Dessa maneira, é imprescindível construir a legitimidade institucional minimizando o descrédito da mesma que, por ora, tem deixado em xeque as atribuições da autoridade formal com graves consequências para o desencanto dos serviços públicos que acabam por afetar drasticamente a vida cotidiana. Por tanto, é de vital importância compreender que a racionalidade administrativa desempenha papel fundamental para a consecução dos objetivos anteriormente planejados, não será suficiente em dispor dos instrumentos técnicos e recursos financeiros e materiais para as tarefas diárias, tudo isso deve necessariamente estar sustentado pela vontade política de construir o bem-estar tanto quanto em se constituir em gerador de bens e serviços de qualidade.

Que todo o custo de investimento da campanha eleitoral não seja à toa, antes, reverbere em benefício da reivindicação da cidadania, do protagonismo da sociedade civil na gestão pública, na rearticulação entre a administração municipal e a sociedade que acaba por definir a democracia representativa e participativa. Que o conjunto dessas iniciativas consiga dar fim aos vícios da institucionalidade pública – o clientelismo, a corrupção e a burocratização – que paralisa a competência institucional

Enfim, um projeto político capaz de desenvolver, na esfera pública, maior índice de desenvolvimento humano (IDH) que se sabe, por outras experiências sociais, da sua importância na contribuição do desenvolvimento de capacidades humanas em termos de os indivíduos serem capazes de “ser” e “fazer” coisas desejáveis na vida — estar: bem alimentado, abrigado, saudável; fazendo: trabalho, educação, participação na vida comunitária. Por fim, a medida dessa projeção recai diretamente na melhoria do bem-estar humano que, por sua vez, implica na qualidade de vida.

Mãos à obra!!! Que estamos comprometidos por quatro anos com a nova gestão pública.

 

 

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