A doença é causada pelo vírus da catapora, que permanece latente no organismo das pessoas que tiveram a doença, e pode ser reativado com a queda da imunidade

As internações por herpes-zoster na Bahia tiveram um aumento de quase 70% entre 2022 e 2023, segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH), do Ministério da Saúde. No total, foram 155 baixas hospitalares no estado no ano passado e 92, em 2022. No Brasil, as internações também cresceram. Em 2023, foram 2.537 casos, quase 30% a mais do que no ano anterior, quando foram registradas 1.961 hospitalizações.

Como a doença não é de notificação compulsória, apenas os dados dos pacientes hospitalizados são registrados, o que aponta para um total de ocorrências ainda maior. No entanto, uma vacina licenciada para pessoas com mais de 50 anos pode prevenir casos agudos.

“A vacina Shingrix, produzida pela farmacêutica britânica GSK com vírus inativado, foi aprovada pela Anvisa e já está disponível no mercado brasileiro. Esse imunizante é seguro, tendo uma eficácia de 97%. Ele deve ser administrado em duas doses com o intervalo de dois meses”, informa o infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, que recomenda a necessidade da imunização para prevenir uma progressão para um quadro de maior gravidade da doença, como a internação.

Conhecida popularmente como cobreiro ou fogo selvagem, a herpes-zoster é causada pela reativação, na idade adulta, do vírus varicela-zóster, o mesmo da catapora. A doença atinge, normalmente, um lado do corpo, com o aparecimento de pequenas bolhas cheias de líquido (vesículas) cercadas por uma área avermelhada e dolorida, que pode durar de duas a quatro semanas.

Vacina
A vacina é indicada para pessoas a partir de 50 anos, sobretudo para aquelas que tiveram contato com o vírus no passado. Além disso, o imunizante é recomendável para pessoas com mais de 18 anos que possuem algum tipo de imunossupressão, a exemplo das que tiveram alguma infecção viral, como Covid-19; portadoras de comorbidades (HIV, esclerose múltipla, lúpus, câncer, diabetes etc.); ou as que vão se submeter a transplantes.

Bastos destaca que antes do aparecimento das lesões de pele é comum, na maioria dos casos, que o paciente sinta dores nos nervos, febre, dor de cabeça, mal-estar, ardor, coceira, formigamento, agulhadas e/ou adormecimento locais.
Foto: Acervo Sabin

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