A Cooperativa dos Agricultores Familiares do Baixo Sul (COOPAFBASUL) e a Associação dos Produtores de Cravo-da-Índia da Bahia (APROCRAVO) se reuniram na quarta-feira (9/10), em Valença, para dialogar acerca da cadeia produtiva do cravo-da-índia. Esta cadeia vai ganhar reforço em sua comercialização, é o que se comprometeu a Coopafbasul a partir de uma solicitação da Aprocravo.

O encontro tratou sobre as particularidades exigidas num processo comercial, desde a qualidade do produto ao compromisso da entrega da produção à cooperativa. Estiveram presentes, o diretor executivo da Coopafbasul, Gileno dos Santos, e o presidente da Aprocravo, Márcio.

Márcio considerou o encontro com os produtores de cravo e a cooperativa “histórico”. O presidente da Aprocravo agradeceu o agricultor Zeinha pelo incentivo à fundação da associação dos produtores de cravo e ao jornalista Vidalto Oiticica, diretor executivo do Jornal Valença Agora, que proporcionou o elo entre a associação e a Coopafbasul.

“Isso que está acontecendo aqui hoje é um avanço da caminhada, porque sem a cooperativa a gente não vai a lugar nenhum”, ressaltou Márcio.

Gileno Santos apresentou a Coopafbasul aos produtores e explanou todos os dados que compõem um processo de comercialização. Entre as pontuações do diretor está a exigência do mercado quanto à qualidade do cravo-da-índia para exportação e o compromisso com os contratos firmados.

“Quero que vocês entendam que nós só vamos conseguir entrar no mercado ou vender um produto se todos nós juntarmos às mãos”, afirmou Gileno ao citar o princípio e a importância da união de todos no modelo cooperativista.

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Produtores e associados da Aprocravo participaram da reunião | Foto: Divulgação

O jornalista Vidalto Oiticica disse que esse novo processo junto à Coopafbasul em benefício da cadeia produtiva do cravo-da-índia vai alterar a cultura da especiaria na região. “Agora que a gente está vivenciando isso, vai mexer com hábitos e costumes de várias classes, e essas classes, claro que se incomoda e procura verificar de que forma estar mais atuante. É uma evolução. E o processo evolutivo perpassa também por esses momentos. Todos têm que se envolver, especialmente os presidentes das associações da zona rural. É necessário se ter o entendimento e a visão de que o associativismo e o cooperativismo têm que ser vivenciado na sua essência, daí a gente começa a entender a responsabilidade de toda a população, de quem planta, de quem comercializa, de todos que integram a cadeia produtiva do cravo-da-índia”, destacou.

“Isso não quer dizer que vai ser eliminado o atravessador. Tem espaço para todos. Isso vai fazer com que o produtor produza um produto de melhor qualidade, o atravessador também pague um preço melhor, porque vai estar recebendo um produto de melhor qualidade, e toda a economia sai ganhando. Sai ganhando o posto de gasolina, sai ganhando a sapataria, sai ganhando a loja de roupa, a lanchonete, o supermercado e por aí vai. É uma tendência a melhoria de tudo”, acrescentou Oiticica.

A Coopafbasul se comprometeu em fazer a primeira comercialização sem lucro para a cooperativa.

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