Eduardo Cunha tem mandato cassado e ébanido da política

Cunha acompanha votação no Plenário

O cenário político brasileiro continua a todo vapor! E nesse cenário, entrou em votação o processo de cassação do mandato do Deputado Federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ), quase 11 meses depois de iniciada a tramitação. Foram quase 4 horas de Sessão Deliberativa na Câmara dos Deputados e um resultado expressivo: 450 votos favoráveis à Cassação, 10 contrários e 9 abstenções.

Eduardo Cunha foi punido por mentir na Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI da Petrobras sobre ter contas secretas na Suíça que teriam recebido dinheiro do esquema de pagamento de propina envolvendo a Petrobras e investigado na operação Lava Jato, tendo sua afirmação contestada por documentos do Ministério Público da Suíça, portanto, houve a quebra de decoro parlamentar e o parecer de 90 páginas do Comitê de Ética finalizou recomendando a cassação de Cunha.

Eduardo Cunha foi eleito em Fevereiro de 2015 para ocupar a Presidência da Câmara dos Deputados e foi afastado do mandato judicialmente, pois o STF concluiu que ele estava obstruindo a Justiça. Ele é o segundo Presidente da Câmara a ter o mandato cassado.

Cunha é casado, 53 anos, evangélico; é economista e estava no seu quarto mandato de Deputado Federal pelo Estado do Rio de Janeiro. Dentre tantas ações polêmicas à frente da Presidência da Câmara, a mais importante foi a aceitação do pedido de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff (PT). Em entrevista, Cunha classificou como “vingança política” o resultado da votação da sua cassação e disse não temer o Juiz Federal (1ª instância) Sérgio Moro.

Eduardo Cunha só poderá voltar ao mundo da política em 2026, quando acaba a sua punição com base na Lei da Ficha Limpa. Com tanto tempo livre, ele afirmou que vai escrever um livro sobre o impeachment, onde promete fazer revelações dos bastidores do processo que derrubou Dilma Rousseff.