Com instalação de biodigestor, resíduos orgânicos também serão transformados em biofertilizante para horta

Uma escola estadual no Rio de Janeiro instalou um biodigestor para transformar mais de uma tonelada de resíduos orgânicos em energia limpa. É o projeto “Vamos dar um gás”, que está sendo desenvolvido no Ciep 441 – Mané Garrincha, localizado em Magé, na baixada fluminense, região metropolitana do Rio.

Sobras de alimentos, cascas de legumes e matéria orgânica em geral somam 1,5 tonelada de lixo orgânico na instituição. Todo esse montante agora terá destinação não só “correta” como também benéfica para o próprio colégio. Os resíduos serão transformados em biogás, que será usado como gás de cozinha, e biofertilizante, que será empregado na horta da escola.

O biodigestor foi instalado no último dia 29 de fevereiro com a ajuda dos alunos. “Foi incrível ver o biodigestor de perto. Ele não é importante apenas para a escola, mas também para a sociedade. Eu mesma quero ter uma na minha casa, afinal, além de destinar corretamente o lixo orgânico, a gente ainda economiza na compra do gás”, afirma Catarina Santana, estudante da 2ª Série do Ensino Médio do Ciep 441 – Mané Garrincha, definida pela Secretaria de Educação como uma Escola de Novas Tecnologias e Oportunidades.

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Equipamento irá produzir uma fonte de energia limpa, o biogás, que será reaproveitado como gás de cozinha. | Foto: Sandra Barros | Seeduc-RJ

Realizado em colaboração com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o projeto terá o apoio técnico da instituição de ensino e dos próprios estudantes. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, a ideia é que, com o biodigestor operando plenamente, os alunos e professores possam monitorar de perto todo o processo de produção de biogás, desde a coleta dos resíduos orgânicos até a produção final.

“Ele [o biodigestor] será cuidado pela equipe técnica da UFRJ e operado por nossos alunos ao longo do ano. O debate sobre o meio ambiente está em alta, como deve ser, e para os alunos é uma forma de ver como a sustentabilidade pode ser viável até mesmo em um ambiente escolar”, detalha o diretor-adjunto da unidade, professor Sidney Cardoso.

Ferramenta pedagógica

Aliando sustentabilidade e educação, a iniciativa também será usada como uma ferramenta educacional, integrando conceitos de Química, Gestão de Resíduos Orgânicos, Empreendedorismo e Sustentabilidade no currículo escolar.

É um projeto que mostra na prática questões de sustentabilidade e formas alternativas de produzir energia renovável. Muitos não imaginam que é possível gerar gás usando restos de alimentos

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Foto: Sandra Barros | Seeduc-RJ

Além disso, o reaproveitamento de resíduos orgânicos pode ainda ser tema de aulas sobre desperdício de alimentos na merenda escolar e sobre o montante de lixo que vai parar no aterro sanitário todos os anos – gerando outros gases poluentes, como o gás metano.

 

Fonte: Ciclo Vivo com informações da SEEDUC/RJ

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