FOTO DA SEMANA- Estudante da Universidade Yale descreve experiência no Hospital Roberto Santos para trabalho sobre Zika Valença Agora 19 de junho de 2016 Foto da semana Aluna da Escola de Medicina da Universidade Yale, nos Estados Unidos, a paranaense Thais Faggion Vinholo desembarcou na Bahia para, com a vivência adquirida no Hospital Geral Roberto Santos, concluir sua tese de doutorado sobre a microcefalia associada ao vírus da Zika. Ela, que é orientada pelo professor e pesquisador Albert Icksang Ko – infectologista que faz parte do Grupo de Trabalho sobre o Zika em que está inserido também o HGRS –, conta como se surpreendeu com a dinâmica adotada pela instituição em Salvador. “A microcefalia associada ao Zika vírus é um tema que tem gerado muito interesse nos Estados Unidos. Antes de chegar ao Brasil, eu imaginava que sabia o que estava acontecendo, mas, depois de uns dias aqui, entendi que tinha muita noção apenas de números. O Roberto Santos me ensinou a colocar um rosto ao lado de cada número”, conta Thais. Segundo ela, apesar das poucas certezas em relação ao futuro das crianças com microcefalia, o cuidado do Estado com as famílias afetadas pelo mal pode mudar a maneira como esta geração viverá: “o amparo à família é bastante discutido pela medicina norte-americana. Acredita-se que o apoio conjunto define a estrutura daquele núcleo que convive com um ente com necessidades especiais. Sabemos dos poucos recursos que o Brasil tem, e não estou aqui para falar mal do Brasil ou da Bahia. Pelo contrário, mesmo com limitações financeiras, fiquei admirada com o empenho da equipe multidisciplinar do HGRS. Dos médicos aos profissionais que realizam visitas domiciliares, em todos eles vi carinho e vontade de fornecer informações a quem precisa”. Em sua estadia pelo Hospital Geral Roberto Santos, Thais conheceu as unidades neonatal e de pediatria, ambulatórios e também participou de visitas para aplicação de questionários padrões às famílias de crianças com microcefalia. A estudante, supervisionada pela neuropediatra Adriana Motta, pelo oftalmologista Bruno de Paula e pela fonoaudióloga Joseane Bouzon, ainda teve acesso à revisão de prontuários. Sobre a experiência, a representante de Yale conclui: “a conexão humana do brasileiro é o que falta aos outros povos. Além de bem treinados tecnicamente, os baianos humanizam o atendimento que oferecem”. Fonte: ASCOM/HGRS Fotos: Amanda Oliveira/GOVBA Deixe uma resposta Cancelar resposta Seu endereço de email não será publicado.ComentarNome* Email* Website