Capacitação faz parte do Programa Mulheres Mil que tem entre um de seus objetivos oportunizar geração de renda para as mulheres

Aconteceu na noite desta segunda-feira (2), a abertura oficial do curso de extensão Artesã em Biojóias, realizado pelo Instituto Federal da Bahia – IFBA, campus Valença. A iniciativa faz parte do Programa Mulheres Mil - Educação, Cidadania e Desenvolvimento Sustentável, que tem como objetivo contribuir para a igualdade social, econômica, racial, étnica e de gênero de mulheres em situação de vulnerabilidade social. Aplicado observando as necessidades educacionais de cada comunidade e a vocação econômica da região, o instituto considera a produção de biojóias como um vetor de desenvolvimento a partir da agregação de valor das matérias-primas locais.

Abertura do curso de extensão Artesã em Biojóias; projeto contemplou 120 alunas (Foto: Valença Agora)

A aula inaugural teve a presença da diretoria do campus, professores, alunos e representantes de instituições e entidades parceiras do programa em Valença. São parceiros, o Rotary Club de Valença, a Prefeitura de Valença, a Cooperativa Feminida da Agricultura Familiar – Coomafes, o Centro de Referência em Atendimento à Mulher Maria Cláuda Rodrigues e a Fazenda Ponta do Curral, por meio do projeto Una (Plataforma de Desenvolvimento Humanizado).

“A gente espera que esse curso tenha um grande impacto no fortalecimento econômico das mulheres e, consequentemente, das famílias de Valença, e, que consiga ampliar o máximo a cadeia de Biojóias, contribuindo também com o fortalecimento dessa cadeia produtiva aqui na região”, afirmou Genny Magna de Jesus Mota Ayres, diretora geral do campus.

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Genny Magna de Jesus Mota Ayres, diretora geral do campus Valença (Foto: Valença Agora)

A expectativa é que futuramente as alunas se transformem em empreendedoras com possibilidades de exportação dos seus produtos. “Acreditamos no potencial da região, por isso pensamos que desdobramentos são possíveis para fortalecer essa iniciativa, a exemplo de uma produção visando a exportação, no sentido de multiplicar, dar visibilidade para essa matéria prima que nós temos na nossa região”, destacou Genny Ayres.

As possibilidades de exportação da produção de biojóias para a Europa vêm da parceria firmada entre a Ponta do Curral e clientes europeus.

Hércules

Hércules Eloi Damásio, gerente administrativo da Fazenda Ponta do Curral (Foto: Valença Agora)

Representando o projeto Una, o gerente administrativo da Fazenda Ponta do Curral, Hércules Eloi Damásio, prestigiou a abertura do curso e falou sobre a expectativa da empresa perante a capacitação. “Nossa expectativa é fortalecer o trabalho humano que existe e é pouco valorizado. Já temos um trabalho nesse sentido em conjunto com a Associação de Moradores da Baixa Alegre, onde conseguimos transformar essas produtoras em cidadãs visibilizadas no campo de produtividade de riquezas. Elas aproveitam uma boa parte dos produtos que seriam descartados transformam em joias. Então, o nosso foco maior é transformar essas pessoas no aspecto humano, no aspecto delas se entenderem como importantes para a nação, para a região, para a sua comunidade e, principalmente para sua família”, disse.

Artesã Rosineide Santos, moradora do Guaibim e aluna do curso de Biojóias (Foto: Valença Agora)

A moradora do distrito do Guaibim, Rosineide Assis Goiabeira dos Santos, é uma das artesãs que vão em busca de mais conhecimentos através do curso. “Temos vontade de produzir as biojoias e poder vendê-las também no exterior. Podemos criar um grupo com as artesãs do Guaibim e trabalhar com esse foco”, planeja Rosineide.

Luciane Machado, presidente da Associação dos Artesãos de Valença e Baixo Sul Foto: Valença Agora

Luciane Machado, presidente da Associação dos Artesãos de Valença e Baixo Sul (Foto: Valença Agora)

Luciane Machado, presidente da Associação dos Artesãos de Valença e Baixo Sul afirmou ao JVA que a expectativa do curso é muito positiva. “Há muito tempo que nós sonhamos com esse curso e hoje ele é realidade, então, a nossa expectativa é alcançar o envolvimento de mulheres em situações de vulnerabilidade social e formar novas artesãs, para que elas possam ter sua renda própria, se tornarem  mulheres independentes e empoderadas”, considerou.

Silvani

Silvani Luz, presidente do Sindicato dos Artesãos de Valença (Foto: Valença Agora)

A presidente do Sindicato dos Artesãos Valença e da Associação de Moradores da Baixa Alegre, Silvani Nascimento da Luz, parabenizou a iniciativa. “Todos estão de parabéns porque não foi uma luta de uma pessoa só, houve série de pedidos, de interações para que esse curso viesse para a nossa cidade. Então é um sonho realizado, porque fomentar o artesanato, é fomentar uma renda sustentável para as famílias, e renda significa mais alimentos na mesa e mais qualidade de vida”, pontuou.

Marly Gudinho, presidente do Rotary Club (Foto: Valença Agora)

Marly Gudinho, presidente do Rotary Club de Valença, ressalta que a parceria é possível quando há objetivos em comum. “O Rotary tem como proposta incentivar o crescimento econômico da nossa comunidade. Então, nós visamos proporcionar a essas mulheres, emprego e renda. Pensamos em futuramente criarmos um núcleo de artesãs onde elas possam produzir, expor os seus produtos e vender para garantir a renda de suas famílias, melhorando a qualidade de vida, inclusive”, enfatizou.

Maria Joselita, presidente da Coomafes (Foto: Valença Agora)

Também atuando no fomento à independência financeira das mulheres, a Coomafes, representada pela sua presidente Maria Joselita (Branca), se alegrou com a oportunidade do curso. “O IFBA é parceiro de nossas atividades, temos contratos com o IFBA, então estar aqui apoiando esse curso de artesanato, que dá acesso a mulheres a aprender, a se desenvolver, a ter uma profissão, para nós é muito importante. Porque a nossa cooperativa é de mulheres e ela foi criada com esse viés do empoderamento, do desenvolvimento da mulher como pessoa e também como profissional”, afirmou.

 

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