“Le savoir-vivre” dos franceses Jornal Valença Agora 1 de setembro de 2016 Colunistas, Joice Vancoppenolle Caro leitor e apreciador da bebida de Baco, neste texto, além de falar sobre o vinho francês, explicarei um pouco sobre o estilo de vida dos franceses. Escolhi uma obra de Van Gogh, com o intuito de deixar em foco, o romance e a arte francesa, fazendo com que quem observe, tenha vontade de visitar a França. A imagem que melhor retrata a alma francesa, para mim, estava no Jardim de Luxemburgo quando passei por suas lindas alamedas em minha mais recente ida a Paris. Era final de julho, o sol de verão dominava um céu imaculadamente azul, e os parisienses ali no parque faziam tudo, exceto trabalhar com laptops ou celulares como vemos em outras metrópoles.Conversavam, dormiam nas espreguiçadeiras, tomavam um rosé , liam, riam. Ou seja, le “savoir-vivre”-saber viver. Os franceses consideram o vinho como o ingrediente indispensávelnão apenas nas refeições, masem todos os momentos, podendo acompanhar grandes pratosou simplesmentefrutas, legumes, patês e sobremesas, dependo do gosto de cada um. Na França, 82% das pessoas compartilham vinho entre amigos e família, em casa ou na casa de amigos e não só em datas comemorativas, pois beber vinho é um momento de prazer que faz parte do cotidiano francês háséculos. Existe um ditado popular em que os franceses dizem que: “vinho não é álcool”, no entanto, a OMS (Organização Mundial da Saúde), recomenda o consumo moderado da bebida, sendo três taças para os homens e duas para as mulheres e em ocasiõesextraordinárias quatro taças para os homens e três para as mulheres. Lembrando que devemos ter um dia por semana de abstinência. Segundo a revista La RevenueduVin de France, os maiores consumidores da bebida são homens. 65% deles contra 39% das mulheres. A incidência é maior nas pessoas com mais de 50 anos de idade de acordo com uma pesquisa feita em 2012. Gastronomia é o assunto preferido dos franceses, seja nos cafés parisienses, bretões ou bordoleses, o assunto é o mesmo: vinho e culinária. A variedade é muito interessante. É possível comer um tipo de queijo a cada dia durante 365 dias! Harmonizando com vinho é claro. Há alguns meses, estive no restaurante LIPP, situado no Jardim de Luxemburgo, em Paris,e tive a oportunidade de experimentar o BARON NATHANIEL 1976 (ano do meu nascimento), um dos grandes vinhos da região de Pauillac. Uma assemblage perfeita comaromas e sabores marcantes em tabaco e chocolate, taninos redondos e amigáveis, com finalpersistente. Simplesmente magnifique! Concluindo: o vinho seja regional, de mesa, do país ou do mais alto nível, ele sempre seráo símbolo da cultura francesa em qualquer parte do país.Lembrando que seu consumo deve ser moderado levando em conta o prazer de beber e apreciar, seja sozinho lendo um livro, acompanhado de seu amor ou com amigos e familiares. “Na água, você vê o reflexo do seu rosto. No vinho, o reflexo da alma do outro.” Provérbio francês Deixe uma resposta Cancelar resposta Seu endereço de email não será publicado.ComentarNome* Email* Website