As produções cinematográficas brasileiras continuam surpreendendo e cada vez mais ganhando destaque no mercado internacional. E quando se trata de documentários, nosso país não decepciona mesmo, tanto que o Brasil acaba de ser reconhecido no Festival de Cannes. Cinema Novo venceu o L’Oeil D’Or, premiação paralela que premia o melhor documentário de todo o festival.

“Cinema Novo”: Brasil leva um dos prêmios mais importantes em Cannes

O documentário dirigido por Eryk Rocha narra a história do maior movimento cinematográfico brasileiro através de imagens de arquivo e trechos de um total de 130 filmes que integraram esse momento. Entre eles, podemos citar Terra em TranseVidas Secas e Rio, 40 Graus.

Eryk falou sobre o filme em Cannes:

Era um movimento de futuro, que questionava qual é o lugar da política e do cinema no mundo em que se vive. Se o filme criar esse espaço de reflexão, já me dou por satisfeito.

O documentário brasileiro é o segundo a ganhar o jovem prêmio, que foi criado em 2015 pela Scam, a associação que reúne autores do setor audiovisual, literatura e imprensa na França. O prêmio foi dado por um júri presidido por Gianfranco Rosi, que levou o Urso de Ouro em Berlim com Fogo no Mar e o Leão de Ouro há três anos com Sacro GRA.

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Este é o primeiro prêmio que o Brasil leva em Cannes, no entanto não é o único representante nacional. O curta A Moça que Dançou com o Diabo, de João Paulo Miranda Maia, concorre à Palma de Ouro em sua categoria e o filme Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, também tem chances de ser premiado. Sônia Braga ainda concorre a melhor atriz por Aquarius.

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Um curta metragem brasileiro que custou 500 reais e foi financiado apenas por uma rifa privada, sem dinheiro dos pagadores de impostos, recebia um prêmio no mesmo festival.

A Moça que Dançou com o Diabo”, curta de 14 minutos que faz uma releitura contemporânea de um lenda do interior paulista, levou o prêmio especial do júri.

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