O médico zeloso Jornal Valença Agora 11 de março de 2016 Colunistas, Moacir Saraiva É bom demais para o mundo quando o sujeito desempenha com muito amor, muita determinação, muito profissionalismo e muita alegria aquilo a que ele se propõe a fazer, principalmente, no desempenho de suas funções profissionais. Às vezes, a alegria e o zelo se estampam em rostos, quando o sujeito faz alguma atividade esporádica como de voluntariado ou alguma atividade lúdica, no entanto, quando a questão é o agir no dia a dia, o agir com a família, com a profissão ou outras atividades corriqueiras, poucos, bem poucos conseguem tornar perene, estampados no rosto, a alegria e o zelo. Muitos profissionais, com sua forma de agir, conseguem se destacar não por terem uma inteligência extraordinária, não por carregarem títulos e mais títulos acadêmicos, tampouco por serem reconhecidos como trabalhadores muito competentes. O destaque tem como ingrediente forte a competência, mas acima dela, o diferente é o profissionalismo como o sujeito abraça aquilo que ele faz o dia todo e todos os dias. Como faz bem deparar-se com um profissional que age como deve agir, com respeito, competência, zelo e profissionalismo. Longe de usar um discurso saudosista e errôneo em que se fazia analogia a um bom profissional ao exercício do sacerdócio, o sujeito tem de ser um bom profissional e pronto, isso já basta. Profissionais com este perfil não são fáceis de serem encontrados, e quando nós os encontramos, nos encanta, dá até gosto ver alguém desempenhando suas funções eivado deste espírito. Já vi garis, sapateiros, médicos, atendentes de balcão, professores, enfim, alguns profissionais que até orgulham a espécie humana, uma vez que, infelizmente, há muitos que de humano nada têm. Outro dia fui convidado a ir à casa de um amigo. Um papo agradável, e seria regado a um bom vinho, ele médico e um bom degustador desta bebida, serviram os copos daqueles que estavam ao redor da mesa, para minha surpresa, ele recusou que o servissem. Era uma bela noite a qual mantém uma forte identificação com o vinho, são cúmplices, o vinho está para a noite assim como uma bela música está para um casal apaixonado. Algo muito especial deveria estar acontecendo para que o amigo recusasse este ingrediente que tornaria a noite mais bela. Antes que alguém o perguntasse, ele explicou o motivo da recusa: - Amanhã cedo irei operar. Deixe uma resposta Cancelar resposta Seu endereço de email não será publicado.ComentarNome* Email* Website