Os malabaristas Jornal Valença Agora 2 de agosto de 2016 Colunistas, Moacir Saraiva É uma profissão bem antiga e, em tempos mais recentes, desempenhada em espetáculos circenses. Além desse espaço, às vezes, se vê também, em auditório de televisão e até em festas de crianças e outros ambientes cujo objetivo é o entretenimento. Estes profissionais têm um desempenho no qual demonstram uma precisão milimétrica e que chega a encantar a quem os assiste, sejam idosos, adultos ou crianças. Apresentam-se sempre bem vestidos, com boa maquiagem, uma vez que tais ingredientes ajudam muito na performance do artista. É bonito ver esta arte. Nem todos malabaristas conseguem uma ribalta digna de um bom artista, muitos tornam a rua seu grande picadeiro. São garotos e garotas que optaram por percorrerem o mundo e, para sobreviverem, se comportam assim como as aranhas, comendo do que tecem no dia a dia. Nas ruas de Valença, estamos vendo alguns jovens, não tão bem vestidos, os meninos, a maioria, com barbas, todos com sotaques diferentes, mostrando não serem brasileiros. Aglutinam-se em frente aos semáforos, e quando acende a lâmpada vermelha, eles utilizam o leito da rua como picadeiro, mostram seus malabares e começam a praticar um malabarismo para a sobrevivência. Fazem alguns movimentos e depois saem pedindo aos motoristas uma contribuição a fim de adquirem o sustento. É uma opção de vida de muito risco, mas cada um deles deve estar bastante feliz com o estilo que adotaram. A alegria se vê estampada no semblante destes meninos e meninas, se vê que são jovens, talvez não passando dos 25 anos. Longe de casa, alojados não se sabe onde, andam em pequenos grupos, geralmente dois ou três casais e vão tecendo a vida. No passeio, paralelo ao picadeiro, onde eles se apresentam, geralmente, lá está a bagagem deles, uma mochila, muitas vezes, que acomoda tudo o que eles carregam. É bom ver estes jovens livres que nem pássaros, com um estilo diferente, alternativo e vão construindo sua vida de uma forma anacrônica, mas seguindo firme, tomando como base para a caminhada, apenas, o rumo para onde o nariz aponta. Os malabaristas andarilhos vindo de longes paragens e aqui, em Valença, apenas, mais um picadeiro de tantos outros por onde eles vão brilhar. São equilibristas populares, cuja vida é um malabares do universo. Deixe uma resposta Cancelar resposta Seu endereço de email não será publicado.ComentarNome* Email* Website