Os familiares das vítimas do voo que transportava o Chapecoense para Medellín não deverão receber indenização referente ao seguro da companhia aérea caso seja confirmado que houve pane seca.

A falta de combustível e sua possível influência na tragédia foi reforçada pelas autoridades do setor aéreo da Colômbia, o qual afirma que o tanque do avião estava vazio no momento do impacto no chão.

A apólice contratada pela empresa Lamia tem algumas cláusulas de exclusão, que retira a possibilidade de pagamento da cobertura em caso de omissão ou negligência do operador, que poderá ser confirmada com a abertura das caixas pretas. Assim, as causas definitivas só poderão ser de fato comprovadas após o final das investigações que podem demorar meses.

Os primeiros indícios da negligência teria ocorrido no momento em que o piloto decidiu não fazer escala para reabastecer e comunicou tardiamente à torre de controle, referente a gravidade da situação.

O grande problema é que a cobertura do seguro da Lamia não cobre nem mesmo a aeronave Avro RJ85, que era a única na frota da empresa que poderia transportar de 85 a 100 passageiros. O valor exato do seguro é de US$ 25 milhões (R$ 87 milhões), bem inferior ao que as empresas do setor costumam pagar as seguradoras que é de US$ 1 bilhão (R$ 3,4 bi)

A boa notícia é que mesmo as famílias não recebendo de imediato a indenização da companhia aérea, a CBF e a Chapecoense cobriram os gastos referentes ao enterro e ambas deverão desembolsar as indenizações de forma mais acelerada. O seguro da Chapecoense é em torno de R$ 2,5 milhões para quem detém o teto salarial – cerca de R$ 90 mil e o seguro da CBF é de aproximadamente1,1 milhão para cada família. Assim, pelo clube o valor pago as famílias serão de 28 vezes o salário de cada jogador, enquanto que bela CBF, será de 12 vezes o salário do jogador.

 

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