moacir-saraiva

Quando se pensa que já se viu de tudo, aparece algo inusitado mostrando ser esta vida cheia de novidades.  Às vezes,  novidades capazes de desafiar qualquer previsão lógica, sendo inventado algo extremamente inusitado, se é que se pode jogar este advérbio, para exaltar a novidade.

Em sala de aula, já vi de tudo. Aluno copiar redação de outro, aluno “pescar” de forma a deixar o professor bestificado pela inventividade do discente.

Por estar muitos anos em sala de aula, vivi em um período da história  no qual nem se imaginava a existência das tecnologias atuais, todavia a arte de enganar o professor sempre existiu e com a mesma engenhosidade aplicada nos dias atuais. Eram usados códigos utilizando mãos, olhares e outros recursos inimagináveis na cabeça de qualquer criatura dita normal.

Trabalhei em escolas, cuja sala de mecanografia foi arrombada para serem subtraídas provas, ação esta movida por alunos desesperados a fim de não perderem de ano, em virtude da falta de estudo e da vagabundagem.  Como se imaginar que alunos de ensino médio fossem capazes de tamanho absurdo?

Outra forma de tentar enganar a professores,  e longe de se imaginar que alunos entre 16 e 18 anos fossem capazes de tal proeza, foi a corrupção de funcionários digitadores de provas, pagando até preços elevados para obter cópia do objeto desejado. Da mesma forma, a compra de operadores de máquinas, o sujeito rodava uma prova a mais a fim de passá-la para alunos e para isso recebia uma boa recompensa.

O caso mais recente não se trata de ações com a gravidade de alguns delitos citados acima, foi apenas uma questão de comunicação, no entanto, deixou o aluno azoratado em sala, principalmente diante do grupo que ele liderava, ademais, os outros gozaram dele exaustivamente.

Os alunos iriam apresentar um seminário, na escolha dos temas, o azoratado ficou com o de número três, no entanto, ele e seus comandados do grupo se preparam para o assunto de número dois, segundo eles, viraram uma noite  estudando o tema e preparando o material para a apresentação.

No momento da apresentação, quando expuseram o primeiro slide, constatou-se o equívoco do sujeito, quanta decepção para ele e para o grupo e maior ainda foi a gozação dos colegas.

No meio da gozação que foi impiedosa, alguém o chamou de ladrão de ponto alheio.

 

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