O Piñatex foi lançado na Europa em 2014 e diversas marcas já o utilizam em protótipos de produtos veganos e totalmente livres de crueldade animal

O subproduto deste material é apenas uma biomassa, que pode ser usada como adubo natural.

Um tecido feito a partir de fibras de abacaxi pode ser um excelente substituto ao couro animal. Apelidado de Piñatex, o material foi criado pela designer espanhola Carmen Hijosa, a partir de uma técnica tradicional nas Filipinas, em que as fibras da fruta são usadas para a fabricação de uma camisa especial, chamada Barong Tagalog.

A descoberta surgiu a partir do descontentamento de Carmen. Após trabalhar durante anos na indústria do couro, ela percebeu que era necessário criar uma matéria-prima alternativa e mais sustentável. O Piñatex começou a tomar forma quando a designer percebeu que era possível transformar as fibras do abacaxi em uma malha não-tecida, ou seja, que se conecta sem que seja necessário tricotagem ou tecelagem.

As fibras que compõe o material são extraídas das folhas de abacaxi antes mesmo de serem cortadas da plantação. A partir daí, elas são cortadas em camadas e colocadas em um processo industrial, do qual o resultado é o tecido. O subproduto desta prática é apenas uma biomassa, que pode ser usada como adubo natural, garantindo um ganho extra aos produtores.

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Após a manufatura, as fibras ganham uma aparência semelhante a uma tela de pintura, que pode ser tingida com qualquer cor e impressa de várias formas, com o intuito de obter texturas diferentes. Esse tratamento permite que o Piñatex fique ainda mais semelhante ao couro.

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De acordo com Carmen Hijosa, o material pode ser usado na fabricação de sapatos, bolsas, estofados para sofás e cadeiras, roupas, painéis, estofados automotivos e muito mais.

O Piñatex foi lançado na Europa em 2014 e diversas marcas já o utilizam em protótipos de produtos veganos e totalmente livres de crueldade animal.

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