Aconteceu ontem (18), no Auditório Hélio Reis, na sede do Centro de Pesquisas do Cacau e Extensão (CEPEC), em Itabuna-BA, o lançamento dos novos clones de cacau, CP2204 e CP2176, durante evento de comemoração pelo Dia Internacional do Cacau 2018. O encontro foi realizado pelo Governo Federal, através do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tendo à frente da organização a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC). O tema do seminário foi “CEPLAC em Ação”.

O evento que contou com o apoio de instituições e empresas tradicionais da região e teve como objetivo de divulgar para os produtores e demais integrantes da cadeia produtiva do cacau as mais recentes informações tecnológicas que permitem o aumento da produtividade sustentável da lavoura cacaueira e a verticalização da produção.

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A abertura solene do evento contou com a apresentação do Coral dos Servidores da Ceplac e mensagem do Coordenador da Superintendência da Ceplac na Bahia e Espírito Santo, Carlos Alexandre Brandão.

A duas novas variedades clonais de cacau CP204 e CP 176, lançadas pelos pesquisadores Uilson Lopes, Wilson Monteiro, José Luis Pires, Armênio Santana, Moacir Nascimento, José Rocha, Alfredo Silvão e Édson Gonçalves, são produtivas e resistentes às doenças. O pesquisador Uilson Vanderlei Lopes palestrou sobre o assunto.

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Desde a sua criação a CEPLAC dedica grande esforço em gerar e testar novas variedades de cacaueiro, cada vez mais produtivos e resistentes às enfermidades existentes ou com risco de chegada à região. As primeiras variedades híbridas foram liberadas pela Ceplac, para o produtor, em 1966. Posteriormente foram feitos vários ajustes na composição dos híbridos iniciais, até 1989.

Com a chegada da vassoura à Bahia em 1989, e a suscetibilidade dos híbridos recomendados na época, passou-se à recomendação de variedades clonais. De 1995 a 2014, 42 clones foram recomendados para o plantio, com base em resultados de ensaios realizados na Ceplac e em fazendas produtoras.

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Atualmente, 16 clones são recomendados para plantio e dois novos clones estão sendo adicionados àquela lista – Cepec-2176 e Cepec-2204.

Dentre as inúmeras ações exitosas da CEPLAC, foram destacados em palestra proferida por José Marques Pereira, os projetos: Cacau de Alta Produtividade, dos Sistemas Agroflorestais com cacau e seringueira, consórcios e conservação ambiental, apicultura, os avanços na prevenção e monitoramento da Monilíase do Cacaueiro, e ainda, capacitação profissional dos jovens empreendedores, produtores e trabalhadores rurais.

Na programação do evento, ocorreram ainda homenagens a produtores e técnicos que se destacaram na realização das suas atividades e contribuíram para o desenvolvimento da cultura do cacau. E também a assinatura do convênio de Cooperação Técnica entre a CEPLAC e Incra/ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural).

O Dia Internacional do Cacau é comemorado anualmente no primeiro domingo de junho. A data foi criada em Turrialba, Costa Rica, em 1958, por sugestão do cientista americano Robert Fowler, durante uma conferência interamericana do cacau, que reuniu especialistas de todo o mundo. Tem o objetivo de promover a cultura, atualizar conhecimentos, trocar experiências entre pesquisadores, estreitar o relacionamento entre as instituições e homenagear os agricultores que mais se destacaram nos últimos doze meses.

O mundo civilizado só tomou conhecimento da existência do cacau e do chocolate depois que Cristóvão Colombo descobriu a América. Até então, era privilégio dos índios que viviam no Sul do México, América Central e bacia Amazônica, onde o cacau se desenvolvia naturalmente em meio à floresta. Hoje, quase cinco séculos depois, derivados do cacau são consumidos em muitas formas, em quase todos os países, e fazem parte da vida do homem moderno.

 

Fotos: Reprodução

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