UTILIDADE PÚBLICA

É triste ver a minha comunidade (Valença-BA) não levar a sério as medidas contra o COVID-19. Pessoas bebendo (baixando a imunidade), em meio a aglomerações e sem tomar medidas cautelares importantíssimas.

O risco de contágio é alto, embora o vírus esteja em um estado ainda primitivo, onde, pequenas ações de higiene e segurança, podem garantir o não contágio, logo, a vida.
Se em uma cidade como Valença, com cerca de 100.000 habitantes, se tivermos 10 pessoas infectadas, a previsão é que elas contaminem outras 140. Se tiverem 20 pessoas infectadas, a previsão é que contaminem outras 625; se forem 30 infectadas, contaminarão outras 1500; se forem 40 infectadas, contaminarão cerca de 2800 e assim por diante.

Num cenário bastante otimista, cerca de 10% da população, corra o risco de ser dizimada.
Isso não é brincadeira! Não adianta uma parte da população tomar as medidas necessárias e outras, não. Será que só nos guardaremos quando uma mãe, um irmão, tio ou qualquer parente e amigo for infectado ou vier a morte?
O vírus tem um período de incubação (não manifesta os sintomas) de 15 dias. Nosso sistema de saúde é precário e não teremos leitos para todos os pacientes em estado mais grave.

Não estou querendo passar pânico, mas, tenho parentes que moram na Espanha e, as notícias vindas de lá, não são das melhores. Idosos isolados, sem serem visitados pelos familiares, morrendo sós e, sem direito a um funeral, tendo que incinerar (queimar) os corpos. A maioria dos infectados são profissionais da área de saúde. O número de mortes e de contágio cresce exponencialmente (vertiginosamente, muito rápido). O número de morte lá, já equivale a 1% da nossa população. Fiquem em casa, se não for por amor a vcs mesmos, que seja pelos seus pais, avós, filhos, netos, sobrinhos, conjugue e/ou qualquer ente ou amigo querido.
Não basta só que uma parte da população tome as medidas adequadas! É preciso que TODOS tomem as mesmas medidas.

A vida e a saúde de cada um de nós, depende da vida e da saúde do outro!
Tenhamos fé, mas, muita fé mesmo, respeitemos os nossos limites e da medicina e logo, logo, tudo isso irá passar, onde, vivos e saudáveis poderemos nos encontrar em uma situação que permita o abraço, o beijo e matar a saudade.
É POR MIM, É POR VC, É POR TODOS NÓS!

Por:  Kleber C. Assis Silva, Professor.

Foto: Ascom/PMV, sábado 21/03/2020

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