Candidato a Rei do Cacau está investindo US$ 300 milhões na Bahia, na maior fazenda de cacau do mundo Jornal Valença Agora 23 de abril de 2025 Bahia, Notícias O fazendeiro Moisés Schmidt está desenvolvendo na Bahia a maior fazenda de cacau do mundo, no município de Riachão das Neves, no oeste da Bahia. A empresa familiar Schmidt Agrícola começou a se preparar para cultivar cacau em 2019, prevendo que haveria um déficit de fornecimento e planeja uma fazenda de 10 mil hectares. O plano é aplicar técnicas de agricultura em larga escala à fazenda de cacau totalmente irrigada, como se fosse um campo de soja ou milho. As árvores são agrupadas, áreas planas e com muita luz solar, deixando apenas espaço suficiente entre elas para a irrigação mecanizada e a aplicação de fertilizantes e pesticidas. O plano de US$ 300 milhões de Schmidt é o maior e mais inovador da região, mas não é o único. Grupos agrícolas bem capitalizados estão fazendo o mesmo. A Barry Callebaut, maior fornecedora mundial de produtos de cacau e chocolate, está em negociações para fazer parceria com o grupo agrícola Fazenda Santa Colomba em um investimento para formar uma fazenda de cacau de 5 mil a 7 mil hectares no município de Cocos, no oeste da Bahia. Se esses planos derem certo, o centro de gravidade do setor poderá se deslocar da África Ocidental para o Brasil. “Acredito que o Brasil vai se tornar importante região para o cacau no mundo”, disse Schmidt, enquanto caminhava em meio a fileiras e mais fileiras de novos cacaueiros na região do Cerrado. Ele estima que até 500 mil hectares de fazendas de cacau de alto rendimento poderiam ser implantadas no Brasil em dez anos, o que produziria até 1,6 milhão de toneladas de cacau, mais ou menos o que produz a Costa do Marfim, maior produtor mundial. Atualmente o Brasil produz menos de 200 mil toneladas. As árvores de alto rendimento plantadas em cerca de 400 hectares na primeira fase do projeto estão produzindo cerca de 3 mil quilos por hectare (kg/ha), ou dez vezes a produtividade média das áreas tradicionais de cacau no Brasil, quase oito vezes o rendimento médio de 500 kg/ha do maior produtor, a Costa do Marfim. Mas há dúvidas quanto ao sucesso desse tipo de expansão. O preço é fator determinante. Schmidt diz, no entanto, que o cacau de sua operação seria lucrativo mesmo a cerca de US$ 4 mil por tonelada. “Acima de US$ 6 mil, é muito lucrativo, muito melhor do que a soja ou o milho”, disse ele. Fonte: Bahia Econômica (Com informações da Agência Reuters) Foto: Agencia Reuters /Amanda Perobelli Deixe uma resposta Cancelar resposta Seu endereço de email não será publicado.ComentarNome* Email* Website