Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no Piauí Jornal Valença Agora 8 de abril de 2016 Ciência e Saúde, Notícias Programa ‘Mais Médicos’ zera a mortalidade infantil em municípios do Piauí. Médicos cubanos Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, professores da Universidade Che Guevara, em Cuba, comemoram o feito e pacientes brasileiros se dizem satisfeitos: “O médico cubano dá atenção a gente, pergunta, fica ouvindo, explica o que gente deve fazer, orienta os exames. Eu achei melhor do que os outros, já fui atendido por vários”. Os médicos cubanos Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz (Imagem: MeioNorte) Os médicos cubanos Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, professores da Universidade Che Guerava, em sua cidade natal, Pina del Rio, em Cuba, estão trabalhando há um ano no do Posto de Saúde de Barras, na região Norte de Piauí, e sorriem quando falam da conquista em vida que obtiveram no trabalho da atenção básica. “Há um ano não registramos nenhuma morte de criança e de gestante. Estamos sem mortalidade materna e infantil”, afirmam Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, no Posto de Saúde de Barras, atuando no Programa Mais Médicos, do Governo Federal. Esta realidade de redução com a capacidade de zerar a mortalidade infantil e materna se espalhou nos municípios onde o Programa Mais Médicos foi implantando para oferecer atenção básica de saúde onde era difícil a permanência de médicos ou de número suficientes de médicos brasileiros para atender a população. “Tem sido uma experiência muito boa. Encontramos uma comunidade muito carente, mas acolhedora, pessoas muito sensíveis, muito boas e necessitadas”, relata Olívia Rodriguez. Segundo ela, as doenças mais frequentes são doenças respiratórias, doenças parasitárias, hipertensão, diabetes. Olívia Rodriguez e Omar Diaz fazem visitas domiciliares aos pacientes de Barras, que são programas e os pacientes atendidos são pessoas que não podem ir ao posto de saúde. São crianças com hidrocefalia, puérperas (mulheres que tiveram bebês recentemente), gestantes, hipertensos e idosos. “Nós não temos mortalidade infantil, nem mortalidade materna. Temos registros de crianças e mães doentes, mas nenhuma chegou a óbito”, enfatiza Olívia Rodriguez, de tem 30 anos trabalhando como médica. “Isso é uma vitória”, comemora Omar Diaz. Olívia Rodriguez e Omar Diaz afirmam que trabalhar é diferente de onde trabalharam antes com atenção básica na Venezuela, Paraguai e Paquistão, que não tinham uma rede constituída de atenção primária. “Na Venezuela não tínhamos nada, tudo era precária. No Paraguai igual, não tinha rede implantada. No Brasil, nós temos uma rede de atenção básica de saúde, não temos médicos, mas temos uma rede criada. Nos outros países foram nós que criamos a rede de atenção primária”, falou Olívia Rodriguez. Omar Diaz, 23 anos de formado em Medicina, sendo que oito anos trabalhando na Venezuela, avalia como muito boa a sua experiência de um ano em Barras. “Temos encontrado uma população muito necessitada de atenção médica e todos são muito receptivos porque a população é muito receptiva com os médicos cubanos, fica muito contente com o nosso trabalho, muito compreensiva porque nós estamos ajudando a melhorar a saúde dessa população que estava carente de atenção”, falou Omar Diaz, que encontra crianças com baixo peso e desnutrição, mas não com desnutrição extrema. Deixe uma resposta Cancelar resposta Seu endereço de email não será publicado.ComentarNome* Email* Website