O compasso da música na Bahia está em andamento vivace [rápido e vivo], durante a quarta edição do Festival Lado BA, que começou nesta quinta-feira (17) e prossegue até este sábado (19), com mesas de discussão, rodadas de negócio e muita música, nos diversos espaços do Pelourinho/Centro Histórico de Salvador.
forumCom o apoio do Governo do Estado, a programação prevê 21 shows nacionais e internacionais, 11 conferências sobre temas do mercado da música e rodadas de negócios entre artistas e 20 empreendedores do setor do Brasil e América Latina. Mais informações e a programação completa podem ser obtidas no site do evento.

A diretora da Fundação Cultural do Estado (Funceb), Fernanda Tourinho, participou da conferência de abertura, no Teatro do Sesc, no Pelourinho. “A gente está aqui para falar um pouco das políticas públicas do Governo do Estado voltadas para o segmento, e isso passa pelo Plano Setorial da Música, que nos embasa na hora de pensar as ações e a cadeia produtiva. Nós trabalhamos no fomento, na formação, no intercâmbio e no apoio ao empreendedorismo e ao empresariado, como está sendo discutido aqui”.

Fernanda afirmou que o Mapa da Música, desenvolvido pela Funceb para mapear e diagnosticar a cadeia produtiva do segmento, tem revelado algumas informações importantes. “O que a gente já sabia de forma empírica, que os agentes de música não conseguem viver da música, é um problema. Agora estamos conseguindo ver com endereço, nome, sabendo qual a renda do músico, de que território ele é, para que possamos articular ações e oportunidades”.

A diretora também destacou o esforço financeiro do Estado para fomentar a música na Bahia. “Tanto o Fundo de Cultura da Bahia quanto o Fazcultura foram mantidos pelo Governo do Estado como prioridades e não foram alcançados pelo contingenciamento, sendo os recursos mantidos, mesmo com todos os estados e o País passando por uma crise econômica muito grande”.

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Networks

Organizador do evento, Vince de Mira avaliou que plataformas como o Festival Lado BA proporcionam a construção de networks e reúnem profissionais que produzem festivais, selos, entidades do terceiro setor, de exportação da música, entre outras. “E a gente tenta construir encontros para que essas pessoas possam apresentar seus trabalhos de maneira mais formal, vivências, coquetéis, além dos shows, que são formas de promover os artistas”.

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Vince de Mira, organizador do festival . Foto: Amanda Oliveira/GOVBA

Segundo Vince, o fomento é fundamental em todas as esferas - municipal, estadual e federal. “A cultura ainda tem muitos gargalos para serem estruturados e precisa ter um olhar do poder público com a interlocução da sociedade civil para desenvolver um mercado autossustentável”. 

Ele informou que as conferências que acontecem até esta sexta, às 13h, são abertas ao público e as rodadas de negócios já estão com as inscrições encerradas. Os shows serão realizados gratuitamente para o público, nos largos Quincas Berro D’Água e Pedro Archanjo, e também na Arena Sesc. No Largo Tereza Batista, o acesso custa R$ 10 (inteira) e a R$ 5 (meia entrada).

Fotos: Amanda Oliveira/GOVBA

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