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Esgotam-se os argumentos, para discorrer sobre o império das falcatruas no Brasil, facilitador dos caminhos sinuosos e conturbados, agressores em potencial dos fundamentos econômicos desta nação, achacados por autoridades da República e má condução dos mecanismos administrativos e financeiros de controles, neste momento esfrangalhados.

Há uma cultura próspera neste país, de conteúdo político deprimente, de que “quanto pior melhor” peculiarmente cultivada por facções ainda zonzas, buscando ares leves e reequilíbrios, após 4 (quatro) derrotas consecutivas em eleições Presidenciais, o que demonstra ausência do poder aglutinador interno, incapazes para afastá-los do jejum eleitoral desesperador.

Tratado e retratado como novo Messias, o candidato do último pleito eleitoral à Presidência da República, conduziu mais de cinquenta milhões de peregrinos a ter esperanças, para minimizar ou resolver inquietações e sofrimentos do povo, demonstrando aptidões para a causa, mas, infelizmente também levou cacete.
No confronto direto nas urnas, a maioria resolveu sequenciar o mandato, apostando mais uma vez, porém a roleta passou a girar em sentido oposto, sem retornos previsíveis e a mesa de controles começou a ruir, provocando diarreias abundantes, no sistema socioeconômico e financeiro, deixando-o todo borrado.

Neste primeiro exercício financeiro da reeleição/15, sem sedativos para conter os efeitos degenerativos da patologia progressiva, a nação mergulha em colapso genérico, penalizando classes sociais menos contempladas, sob o ângulo de visão realista excludente, responsável pelo processo de segregação, infelizmente ainda presente na atual conjuntura de nossa civilização.

Esse grupamento, até que os conceitos da sociabilidade sejam e se tornem plausíveis, para convivência pacífica, será sempre o mais agredido, pelas contingências naturais da escassez de remunerações compatíveis, com as realidades exigidas pelos instantes depressivos de uma estrutura sociopolítica e financeira, incorporada pelos efeitos penalizantes do esbagaçamento.

Feliz é o povo, que mesmo sob os traumas de ataques duradouros de exaustão econômica, sem saúde, segurança, mobilidade urbana, inflação de dois dígitos em ascendência sem trégua, juros com reflexos de letalidades, ausência de créditos populares e com perspectivas futuras do Impeachment; conseguindo contagiar com sua peculiar alegria, só mesmo no Brasil.

O curso de uma trajetória de conquistas, a exemplo da democratização, gerada de bases populares, até atingir segmentos então reprimidos, já é uma transformação digna de méritos e aplausos, o que retrata menos desigualdades e promove o Estado Democrático de Direito, mesmo que ainda apinhado de restrições.
Lamenta-se que, o sistema presidencialista, confuso e recheado de estrelas militantes de trevas, que só atrapalham e criam dificuldades para os mais necessitados, colocando os interesses parlamentares pessoais onipresentes, em detrimento de milhões de aborígenes, cada vez mais distantes do dever Constitucional sacrossantodos retornos que nunca chegam.

Uma fonte de luz pode focalizar vertentes de racionalidades menos participativa. Estudos de viabilidades, para conter os impulsos do controle direto do estado nação na economia, flexibilizando os setores geradores de emprego e renda, a se apresentarem livres e soltos, rumo aos campos das competitividades e criatividades, sob olhares discretos das autoridades da área. Modesta sugestão a ser avaliada.
Não temos dúvidas em afirmar que, povo e nação, unidos irão se fortalecer em curto ou médio prazo para recuperar sua alta estima, colocando as potencialidades do país no lugar de onde nunca deveria ter saído.

Dácio Monteiro
daciomonteiro@yahoo.com.br
Bacharel Pós Graduado Ciências Contábeis
Taperoá-, 18 de Janeiro 2016.

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