JANELAS ABERTAS GREGÓRIO JOSÉ

O mundo de lamentações, queixas e lamúrias está cada vez mais surpreendente no momento atual, seja na cidade, no estado ou no país que for. Reclamar é mais fácil e comove muito mais pessoas, principalmente aquelas que gostam de colocar culpa por suas falhas, fracassos, decepções e não conquistas no outro. Conheci um empresário de renome que chegou do nordeste brasileiro para o centro-sul brasileiro. Veio junto com o irmão fugindo da falta de oportunidades e para ganhar dinheiro. Deixaram familiares e vieram, ainda jovens tentar a sorte. No primeiro emprego foram para uma obra em um prédio comercial. O local tinha muitos trabalhadores com pouco estudo e a empresa fez parceria e abriu uma sala de Telecurso do 1º Grau. Deveriam parar às 16 horas e estudar até 19 horas. Um aceitou, o outro achava que para ficar ali após as 17 horas tinha que receber hora extra e não estudou. Depois veio o Telecurso do 2º grau. Aquele que aceitou estudar continuou, o outro ficou parado. Concluído o curso passou a meio oficial e auxiliar de almoxarife. Fez um curso de administração, passou a ganhar mais, casou e teve filho. O outro também casou e tinha filhos. O que estudou foi elevado a gerente de obras, depois de setor, formado em administração virou diretor. Fez mais cursos, Economia e Direito. 15 anos depois de entrar na obra como servente de pedreiro estava pronto a assumir a presidência do grupo. O irmão, bom tinha sido promovido a pedreiro. Na posse do irmão como presidente do grupo comentou com um colega de serviço: “ele é meu irmão”. E o colega tentando entender indagou como era possível, um ser pedreiro e o outro diretor-presidente? A resposta do que decidiu parar no tempo respondeu: “meu irmão teve mais sorte na vida do que eu”! Enfim, isto é possível com todos que não temem crescer e se tornar alguém na vida. Reclamar na rua é mostrar fraqueza, ainda mais quando a quem choramos nossas mágoas, pouco podem fazer por nós. Então não merece presenciar nosso choro. Em casa, pelo menos poderemos dizer que choramos por não termos a coragem de arriscar um pouco mais e ousar aprender. Assim é na vida. Aprendamos com nossas próprias fraquezas!

 

 

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