Campanha contra absenteísmo reforça o voto como uma conquista que deve ser valorizada

 

Uma campanha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), lançada no último sábado (1º/9), chama a atenção dos eleitores para o voto como um conquista do cidadão. Com a volta da eleição direta, há apenas pouco mais de 30 anos, a Justiça Eleitoral lembra sobre a importância da participação popular no processo de escolha dos gestores do país e, por isso, convoca a todos para que, no próximo dia 7 de outubro, compareçam às urnas.

 

Clique para conferir a campanha

 

Ao comentar a campanha, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, lembrou que, quando uma pessoa deixa de votar, ela acaba deixando que outras escolham em seu lugar. O que, aliás, é o mote da campanha da Justiça Eleitoral, que busca sensibilizar os brasileiros quanto à importância do voto como instrumento capaz de redefinir os rumos do país. De acordo com o desembargador, “votar é um dever que habilita o cidadão a exercer os seus direitos”.

 

A campanha, que está sendo veiculada nas emissoras de televisão, rádio e nas redes sociais, alerta o cidadão sobre as consequências da abstenção. Além disso, pretende desfazer mitos que envolvem o processo eleitoral, tais como a ideia equivocada de que a eleição poderá ser anulada se a maioria votar em branco.

 

As peças publicitárias enfatizam que voto em branco – aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos – não é mecanismo de protesto e só contribui para a escolha de políticos menos representativos, uma vez que – assim como o voto nulo – os votos em branco são desprezados, não sendo levados em conta para a apuração do resultado das eleições.

 

Eleições anteriores

 

Apesar da importância do voto, o nível de abstenção tem sido alto. Na última Eleição Geral - em 2014 - 19,4% dos eleitores brasileiros deixaram de ir às urnas, conforme dados do TSE. O percentual significa dizer que 27,7 milhões dos 142,8 milhões eleitores aptos do país, na época, deixaram de votar. Essa foi a mais alta taxa de abstenção em eleições presidenciais desde 1988, quando 21,5% dos brasileiros não votaram. Na Bahia, no pleito do mesmo ano, o índice de abstenção foi ainda maior que o percentual nacional. Em 2014, 23,19% dos eleitores do estado deixaram de comparecer às urnas.

 

Já nas Eleições Municipais de 2016, a abstenção em Salvador foi de 21,2%. Além disso, entre as pessoas que foram às urnas na capital baiana, 3,2% votaram em branco e 10,3% anularam o voto. Os índices deixaram Salvador entre as 11 capitais do país onde as abstenções, somadas aos votos brancos e nulos, superaram o percentual obtido pelo segundo colocado na votação.

 

Fonte: TRE-BA

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