No documento intitulado "Dignitas Infinitas", Santa Sé coloca aborto, transição de sexo e teoria de gênero como "graves violações da dignidade da pessoa". 

O documento Dignitas Infinitas, do Dicastério para a Doutrina da Fé, divulgado nesta segunda-feira (8), lista "graves violações da dignidade humana" e coloca a mudança de sexo e a teoria de gênero nesse patamar.

Segundo o texto, que levou cinco anos para ficar pronto e pretende distensionar a ala conservadora da Igreja, qualquer intervenção de mudança de sexo "corre o risco, de forma geral, de ameaçar a dignidade única que uma pessoa recebe no momento da concepção". O documento também alerta que a teoria de gênero "pretende negar a maior diferença possível que existe entre os seres vivos: a diferença sexual".

Documento não anula medidas mais inclusivas decididas pelo papa, como as bênçãos para união de casais do mesmo sexo. O mesmo vale para a autorização para que pessoas trans sejam batizadas e sirvam como padrinhos, observou o jornal norte-americano The Washington Post.

A Igreja Católica "deseja, antes de tudo, reafirmar que cada pessoa, independentemente da orientação sexual, deve ser respeitada na sua dignidade e tratada com consideração, enquanto qualquer sinal de discriminação injusta deve ser cuidadosamente evitado", diz o texto.

O documento cita o Papa Francisco dizendo que "a criação é anterior a nós e deve ser recebida como um dom. Ao mesmo tempo, somos chamados a proteger a nossa humanidade, e isso significa, em primeiro lugar, aceitá-la e respeitá-la tal como foi criada".

Barriga de aluguel

O documento Dignitas Infinitas adverte que a gestação por barriga de aluguel entra em "em total contradição com a dignidade fundamental de cada ser humano". Também associa a aceitação do aborto na mentalidade, nos costumes e na própria lei com uma "crise de moralidade muito perigosa".

 

Fonte: Reiter via UOL - Correio Brasiliense

Foto em destaque: Yara Nardi/Reuters.

 

 

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