Dona das marcas Itaipava, Crystal e Petra investiu 1,2 bilhão de reais na unidade em Uberaba, Minas Gerais, com capacidade de 860 milhões de litros por ano

Na última sexta-feira, 28, o Grupo Petrópolis, dono de marcas como Itaipava, Crystal, Lokal, Black Princess e Petra, inaugurou uma nova fábrica na cidade de Uberaba, em Minas Gerais. A unidade é a maior planta fabril da companhia e a oitava unidade do Grupo, que já conta com cervejarias no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Mato Grosso. Para a novidade, foram investidos 1,2 bilhão de reais.

A nova fábrica tem 108 mil m² de área construída, o que equivale a cerca de 15 campos de futebol, além de 190 mil m² de área gramada. Ao todo, são 14 edificações administrativas e 22 industriais. A operação deve gerar 800 empregos diretos e até 3 000 indiretos.

Toda a cerveja produzida pela fábrica de Uberaba será distribuída para as cidades de Minas Gerais e dará suporte para regiões como norte e noroeste de São Paulo, além de Goiás e Distrito Federal, por exemplo. Atualmente, Minas Gerais consome 14% de toda cerveja produzida no país.

“Quando começamos a estruturar a planta, no início de 2019, tínhamos 8,1% de market share no estado de Minas Gerais e vimos o local como importante para o desenvolvimento da companhia. Fato que se comprova meses depois já com um market share de 9,5%”, diz o Marcelo de Sá, diretor de controladoria do Grupo Petrópolis.

Quando estiver em seu total funcionamento, a unidade terá capacidade produtiva superior a 8,6 milhões de hectolitros de cerveja por ano, ou seja, 860 milhões de litros da bebida, a partir de quatro linhas capacitadas para o envase de 256 mil latas/hora e 140 mil garrafas/hora. A expectativa é que a fábrica esteja totalmente em utilização em novembro deste ano.

A companhia que fatura cerca de 15 bilhões de reais ao ano espera fechar 2020 sem grandes perdas. Segundo Sá, o susto aconteceu com a queda do faturamento de março em 50% menor quando comparado ao mesmo mês do ano passado, mas já estabilizado em junho e julho. “Percebemos que as pessoas não diminuíram o consumo em volume, mas deixaram as garrafas de lado e priorizaram as latas para beber em casa”, diz.

Para o futuro, o executivo afirma que não há planos que possam ser detalhados. “Precisamos entender a reação do consumidor com a volta dos bares e as preferências entre, por exemplo, puro malte ou outro tipo de bebida”, afirma Sá.

Tecnologia

A unidade de Uberaba conta com tecnologia alemã. Os equipamentos, em sua maioria, são da Krones, líder mundial no fornecimento de indústrias de bebidas permite atingir 3,3 litros de uso de água para cada litro de cerveja, segundo eles, um resultado alcançado apenas por cervejarias de alto padrão de produção e referência internacional. Do total investido na unidade, 60% correspondem aos equipamentos.

Além disso, a linha pode funcionar com cerca de 12 funcionários, enquanto que as menos tecnológicas precisam de, em média, 27 pessoas. “Investir em tecnologia é importante a sustentabilidade do negócio, especialmente em um momento atípico”, diz Sá. Segundo o executivo, desde o início da pandemia, 2.500 funcionários foram desligados e, atualmente, são 25.000 ativos.

Para a inauguração, o Grupo Petrópolis investiu também num programa de gerenciamento de resíduos voltado à Economia Circular, e no Projeto AMA – Área de Mobilização Ambiental, o seu Programa de Educação Ambiental – que será realizado nas escolas, e também permeará ações socioambientais com a comunidade.

Fonte: Exame

Foto em destaque: Fábrica do Grupo Petrópolis em Uberaba, Minas Gerais (André Santos fotografia/Reprodução)

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