‘Golpe do PIX’: oito vítimas são ouvidas na primeira audiência do caso em Salvador Jornal Valença Agora 19 de fevereiro de 2025 Bahia, Notícias Fonte: g1BA | Foto: Reprodução/Redes Sociais Todos os doze réus, incluindo os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira, estiveram presentes no Fórum Criminal de Sussuarana. Próxima audiência já foi marcada. Oito pessoas listadas como vítimas no processo que julga o golpe do PIX envolvendo jornalistas, em Salvador, foram ouvidas durante a primeira sessão do caso, nesta terça-feira (18). Os depoimentos aconteceram no Fórum Criminal do bairro de Sussuarana. A sessão começou pela manhã e seguiu até o início da noite. Todos os doze réus estavam presentes, incluindo os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira. As vítimas ouvidas correspondem a seis dos doze casos reunidos na denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA). Outras pessoas devem ser ouvidas nas próximas audiências. Os réus serão os últimos. Um novo encontro está marcado para o dia 13 de março. Os doze denunciados respondem por associação criminosa, apropriação indébita e lavagem de dinheiro. O caso corre em segredo de Justiça. Segundo a denuncia do MP-BA, Marcelo Castro, que trabalhava no programa Balanço Geral, da TV Record Bahia, fazia entrevistas ao vivo com pessoas em estado de vulnerabilidade social que pediam ajuda através de doações em dinheiro. Durante a apresentação, os telespectadores eram orientados a fazer doação através de uma chave PIX que aparecia na tela da TV, mas o número não era da vítima, nem da empresa de televisão, mas, sim, de um dos integrantes do esquema criminoso. O MP-BA aponta que o repórter, que também atuava como apresentador, e o Jamerson Oliveira, editor chefe do programa, eram líderes do esquema. A defesa dos dois jornalistas disse que acredita na Justica uma vez que os dois não praticaram as acusações descritas na denúncia. Relembre o caso A suspeita de desvio veio à tona em março de 2023 após uma denúncia informal feita à Record. A emissora logo iniciou uma investigação interna, identificou casos semelhantes, acionou a Polícia Civil e demitiu os profissionais envolvidos. As investigações apontaram que não havia uma chave de PIX usada em todos os crimes cometidos. O grupo alternava contas de nove denunciados, as vezes mais de uma durante o mesmo episódio. Castro e Jamerson negam as acusações. Em nota, a defesa dos jornalistas destacou que a denúncia ainda não foi recebida pela Justiça. "Por tais motivos, deveremos ter cautela nas informações que são passadas, até porque 'as provas' colhidas na fase inquisitorial não passaram por diversos princípios processuais e constitucionais penais e constitucionais. A defesa continua, veemente, arguindo a inocência dos seus assistidos, por ser de mais lídima justiça". Deixe uma resposta Cancelar resposta Seu endereço de email não será publicado.ComentarNome* Email* Website