Consumidor

Consumidor é o que consome. Óbvio. Ele compra água, esgoto, luz, serviços e o escambau. Compra do governo e compra na mercearia ao lado. Fósforo, palitos, carne, camisinhas, melhoral e anzóis. Compra carro, passagem, plano de saúde, gasolina, tijolos, agulhas de crochê e tudo. É quem faz a roda dentada da economia girar. Dá emprego. O consumidor deveria ser colocado em um pedestal. Paga tudo quanto é imposto. Todos os impostos vêm embutidos na compra do consumidor. Então, ele mantém o país funcionando. Com dinheiro dos impostos ele paga a Educação, Saúde, Segurança Pública e ainda há a parte que vai para o bolso dos corruptos. Ups!

O governo é mestre em propalar (qualquer governo) que ele dá isso, dá aquilo e tudo mais. O governo não dá nada. Tudo que ele faz, faz porque tem de fazer. É obrigado constitucionalmente a fazer. A Constituição delega ao governo certas tarefas e ele é obrigado a executá-las. Fim. É isso aí.

O fiscal do governo é o consumidor. Ele é quem fiscaliza o palácio do Planalto. Fiscaliza como? Vai chegar lá e entrar falando que quer ver a listinha de compras dos produtos de limpeza e do cafezinho? Não coloca nem o pé na rampa e é enxotado. Além do mais, o consumidor tem o que fazer. Trabalha. Ora, então, ele, o consumidor, vota em senadores e em deputados para o ofício de fiscalizar o governo. Para fazerem leis protetoras do dinheiro que ele repassa ao governo com o imposto que paga. O dinheiro suado. Os senhores e senhoras eleitos e eleitas é que são obrigados a exercer tal constante visita às ações governamentais.

Mas o que se vê, é uma balbúrdia. Ninguém fiscaliza nada. Tá, sejamos condescendentes: alguns fiscalizam. O resto está é tentando se safar. Tentando safar um ao outro ou uns aos outros. É uma tramoia. É uma peça bufa. E o consumidor que se lixe. Ele que pague mais impostos. Ele que se alinhe, pois o governo gastou mais do que podia. O consumidor que se aguente.

Por falar em aguentar, não estou aguentando mais de saudade da praia. Abraços.