A Educação escolar indígena foi abordada, nestas terça e quarta-feira (21 e 22), durante reunião do Fórum Estadual de Educação Escolar Indígena da Bahia, instância que é composta por diversas representações indígenas e apoiada pela Secretaria da Educação do Estado. A proposta do encontro, que aconteceu no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador, é discutir o fortalecimento do eixo pedagógico nas 27 escolas estaduais indígenas, que contam, atualmente, com 6.757 estudantes indígenas matriculados, de 130 comunidades, de 16 etnias/povos, e têm um currículo que leva em conta a história e as tradições dos povos indígenas.

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O indígena Tapury Pataxó, da Aldeia Barra Velha, em Porto Seguro, participou da reunião e falou sobre o papel do Fórum. “A gente luta para não perder aquilo que o colonizador quis que a gente perdesse, no processo dos 518 anos. O Fórum vem contribuindo muito para dar essa garantia para todos nós e essa discussão entre os povos, para que possamos seguir firme nessa caminhada e discutir as relações que nós temos entre escola e município, escola e Estado e avaliar quais são as demandas que realmente são necessárias”, afirmou.

Taíra Jurum Tuxá, diretora do Colégio Estadual Indígena Capitão Francisco Rodelas, na localidade da Comunidade Tuxá Aldeia Mãe, em Rodelas, também participou das atividades e comentou sobre este momento de construção coletiva. “Hoje nós temos muito claro na nossa cabeça qual é a educação que queremos e esse Fórum é a oportunidade de a gente sentar e dizer o que é e como é que a gente precisa e juntos construir uma política de educação escolar indígena”, afirmou.

Fotos: Claudionor Jr

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