As primeiras cidades como Ur e Babilônia, surgiram na Mesopotâmia, nos vales dos rios Tigre e Eufrates, no atual Iraque e depois outras cidades surgiram. Diversos pesquisadores afirmam que essas cidades fazem parte de "civilizações hidráulicas", pois surgiram associadas e dependentes aos rios que as abasteciam, principalmente em relação à necessidade de terras férteis e de irrigação para a produção de alimentos.

Ao longo dos séculos as cidades foram passando por inúmeras transformações e se tornando grandes centros de poder, onde circula a força do capital. Todas essas transformações foram impulsionadas pela Revolução Industrial do século XVIII, que concentrou a mão de obra das atividades fabris nas cidades, sendo este o grande fator do desenvolvimento urbano.  O capitalismo não criou as cidades, surgidas ainda na Antiguidade, mas as tornou o centro das atividades econômicas e culturais e, em função do capitalismo, as cidades passaram a ter inúmeras funções: portuárias, comerciais, industriais, militares e político-administrativas.

Diante dessa expansão, o capitalismo industrial precisou, pela necessidade de produzir com custos mínimos e concentrar os operários em áreas reduzidas do espaço terrestre, criar as condições para que as cidades se tornassem metrópoles e megalópoles. Assim, surgiram vielas, cortiços e bairros onde os operários moravam, como é o caso do bairro da Vila Operária que surgiu da concentração de trabalhadores da Companhia Valença Industrial - CVI, primeira fábrica têxtil do País e que fica localizada às margens do Rio Una. Porém, apesar da presença forte da CVI, Valença é uma cidade que consegue agregar várias características: é industrial, é agrícola, é universitária, é turística e é comercial.

Com todas essas características, o fato é que Valença está passando por um processo de urbanização (crescimento populacional e territorial) e tal processo tem ocorrido pela movimentação populacional do campo para a cidade; pela chegada de estudantes universitários que buscam cursos de alto prestígio social como Medicina e Direito que estão sendo ofertados em instituições da cidade e pela vontade de empreender de pessoas de outros lugares que, aproveitando as riquezas naturais e as oportunidades de negócios, decidiram se fixar em Valença.

O tecido social de Valença e a própria arquitetura têm mudado ao longo dos anos. O prédio do Theatro Municipal, datado de 1910, convive com prédios espelhados; os casarões tentam resistir ao tempo, enquanto se erguem novas construções com muitos designs diferentes e modernos. E, assim, Valença vai crescendo para todos os lados, cheia de novos empreendimentos, como sempre está no noticiando o Jornal Valença Agora na sessão dos Classificados.

Todo esse processo é muito interessante, pois atrair investimentos e fazer a roda da economia girar é fundamental. Ocorre que a urbanização sem um devido planejamento tem como consequência vários problemas de ordem social. O inchaço das cidades, provocado pelo acúmulo de pessoas e a falta de uma infraestrutura adequada gera transtornos para a população urbana.

Diante disso, as grandes cidades brasileiras enfrentam diversos problemas, destacando-se as questões da moradia, desemprego, desigualdade social, saúde, educação, violência e exclusão social. Portanto, é preciso pensar que todo esse processo de expansão precisa ser pensado de forma ordenada e com a implantação de políticas públicas para que Valença possa florescer e ser uma terra de paz.

O Jornal Valença Agora segue, há mais de 22 anos, acompanhando o crescimento da nossa amada Valença, noticiando os novos empreendimentos que fortalecem a economia e apontando os problemas para que as soluções sejam encontradas.

 

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.