A Prefeitura de Valença realizou na última quinta-feira (17), uma reunião com representantes dos bancos Caixa Econômica Federal e Bradesco, das forças de segurança pública, do poder legislativo e de instituições da sociedade civil organizada para juntos avaliarem medidas a serem tomadas para resolver as constantes aglomerações nas filas das agências bancárias de Valença, que tem originado problemas de saúde pública em função da pandemia da Covid-19 e um tratamento desumano para com os clientes destas agências, que ficam por horas e horas sob sol ou chuva aguardando atendimento.

Os participantes, junto ao prefeito Jairo Baptista e os gerentes das agências Bradesco e Caixa Econômica, respectivamente, José Francisco Bitencourt e Bruno Queiroz, sugeriram medidas para reduzir as filas e tempo de espera, além de estratégias de fiscalização para combater a disseminação da Covid-19. A proposta elencada como plano de ação foi a criação de pontos de atendimento bancários em outros espaços para dividir o fluxo de pessoas de Valença e região que buscam pelos serviços das agências e evitar aglomerações. A Prefeitura e instituições presentes na reunião entraram em consenso que é urgente a mudança da realidade atual e que trabalharão juntas para auxiliar os bancos nas ações necessárias. Não foi informado quando os novos pontos de atendimento estarão à disposição da população e nem suas localizações.

Prefeito Jairo Baptista (Foto: Valença Agora)

O Prefeito Jairo Baptista falou sobre o propósito do encontro. “Essa reunião tem como objetivo amenizar o problema da Covid-19 que é uma realidade em nossa cidade e eu tenho certeza que vamos sair daqui todos imbuídos de fazer algo de real”, destacou. Após o término da reunião, o prefeito informou que houve um pré-acordo com os bancos, forças de segurança e com a classe empresarial, a prefeitura prestando apoio logístico para que as aglomerações sejam eliminadas. “Não só em relação aos bancos, mas a bares, restaurantes, todos serão vistos pela fiscalização e orientados na forma da lei porque todos precisam dar a sua contribuição para que a gente consiga diminuir a Covid-19 em nosso município”, disse ao JVA.

José Francisco, gerente do Bradesco agência Valença  (Foto: Valença Agora)

José Francisco Bitencourt, gerente do Bradesco considerou a reunião muito positiva. “Eu percebi aqui todos preocupados com esse momento difícil que o mundo está passando e vamos sim buscar melhorar o nosso dia a dia, prestando melhor atendimento e buscando segurança para todos nós”, garantiu.

Bruno Queiroz, gerente da Caixa Econômica Federal, agência Valença (Foto: Valença Agora)

“Eu acho que a reunião foi bem produtiva, a gente conseguiu sensibilizar todos sobre a necessidade e a importância de resolver essa questão e eu acredito que em breve a gente vai conseguir dar um retorno à sociedade”, avaliou o gerente da agência Valença da Caixa Econômica Federal, Bruno Queiroz.

Manoel de Jesus, diretor da Guarda Civil Municipal de Valença (Foto: Valença Agora)

O comandante da Guarda Civil Municipal, Manoel de Jesus, afirmou que a reunião foi necessária para que todos “entendam de fato a gravidade do problema que é a aglomeração e busquem uma forma de estar resolvendo juntos - bancos, poder público municipal, empresariado e toda a comunidade - os problemas postos no encontro”, ressaltou.

Capitão PM Santos, representante da Polícia Militar (Foto: Valença Agora)

“Essa interação poder público municipal, estadual, instituições financeiras e o comércio local é bastante interessante porque cada um expôs a sua dificuldade e a forma que pode ser conduzida e solucionada essas aglomerações. Foram colocadas em mesa algumas sugestões que serão avaliadas a efetivação para que a população tenha mais conforto e seja conscientizada para não aglomerar nas portas das agencias como por vezes vem ocorrendo”, pontuou Capitão Santos, representante da Polícia Militar, 33ª CIPM.

Vidalto Oiticica, presidente da ACE Valença e diretor do Jornal Valença Agora (Foto: Valença Agora)

O presidente da Associação Comercial e Empresarial - ACE e diretor do Jornal Valença Agora, Vidalto Oiticica falou sobre a Nota de Repúdio aos bancos, divulgada pela Casa do Empresário de Valença, sobre as aglomerações das filas nas agências “Essa manifestação pública aconteceu porque a classe empresarial estava sendo punida com diversas restrições de funcionamento, muitas empresas fecharam e muita gente perdeu emprego, e não resolveu nada, só prejudicou a economia, pois o comércio provou por diversas vezes que ele não aglomera, enquanto os bancos, que lucram bilhões não resolvem essa problemática. Essa manifestação também serviu para provocar momentos como esse, para se discutir saídas para que junto a gente possa dar a nossa cota de contribuição. A Casa do Empresário quer ser parceira e com certeza iremos participar dessa solução que venha viabilizar uma saída digna, porque nós somos de direito e de fato, a capital da Costa do Dendê, portanto temos que dar respostas públicas de que realmente temos e podemos assumir esse título”, destacou Oiticica.

Jaime Godinho, vice-presidente do Rotary Club de Valença (Foto: Valença Agora)

“Sabemos das limitações dos gerentes locais, mas nós sabemos também que o setor bancário é aquele que mais exige numa eventual contratação de um gerente, os gerentes estão aqui por capacidade que tem para essa função, então nós temos certeza que em cada um dos bancos temos um gestor competente e capaz de trazer ideias para melhorar os atendimentos. É importante tratarmos disso para que a gente veja e garanta resultados. A reunião não acaba aqui, começa a ser discutidas as ações, e eu me coloco à disposição”, salientou o vice-presidente do Rotary Club, Jaime Godinho.

Cláudio Queiroz, secretário de Governo (Foto: Valença Agora/arquivo)

O secretário de Governo, Cláudio Queiroz, avaliou o encontro. “Reunião muito produtiva e os encaminhamentos que foram tomados coletivamente junto ao Bradesco é a avaliação imediata para instalação de ponto avançado para o atendimento que não exija a disponibilização de dinheiro. O gerente Francisco se comprometeu a submeter isso hoje ainda a sua diretoria, bem como imediatamente adotar medidas de humanização no atendimento como colocação de cobertura, instalação cadeiras. A Caixa Econômica da mesma forma, o gerente Bruno assumiu o compromisso com todos nós de também descentralizar uma parte do atendimento que não exija a disponibilidade de dinheiro, e, em parceria com Casa do Empresário e a prefeitura estarão trabalhando para o estabelecimento desse plano de ação, então eu entendo que esses encaminhamentos podem produzir resultados na diminuição das aglomerações nas filas dos bancos em Valença”, afirmou.

José Raimundo Neri, coordenador da 5ª Coorpin (Foto: Valença Agora)

O coordenador de Polícia Civil da 5ª Coorpin, José Raimundo Neri comentou sobre a reunião. “A gente vê um esforço muito grande por parte de todos que aqui estão em levar a sério o decreto governamental, fiscalizar e criar condições para que não haja aglomeração, para que as pessoas se conscientizem que tem que usar máscara, álcool gel e tomar todos os cuidados necessários para que esse vírus que vem causando tantos prejuízos à comunidade, mortes e prejudicando a saúde de tantas pessoas seja contido e reduzido para o bem de toda a comunidade valenciana e da região”.

Fleuber Ramos, procurador geral do município (Foto: Valença Agora/arquivo)

O procurador geral do município, Fleuber Ramos falou sobre uma das ações sugeridas no encontro. “A solução mais aceitável e consciente é fechar as ruas de uma forma ordeira e além de colocar barreiras físicas, colocar pessoas que possam administrar o trânsito e as pessoas. Uma coisa que eu acho muito importante é deixar os passeios livres para que os transeuntes não tenham acesso às pessoas que estão abaixo do toldo sentadas, porque aquele tipo de conduta dos transeuntes ali pode trazer uma aglomeração diferente e causar um problema maior”, frisou.

Fabrício Lemos, presidente da Câmara de Vereadores de Valença (Foto: Valença Agora)

Também deu seu depoimento sobre a reunião o presidente da Câmara de Vereadores, Fabrício Lemos. “A gente entende que algumas ações precisam ser feitas de forma célere para que não mais permaneçam as aglomerações e a forma, muitas vezes desumana, com que os clientes das agências bancárias enfrentam para acessar os serviços dos bancos. A gente sabe que a Caixa Econômica Federal tem um papel social, principalmente agora no pagamento dos auxílios emergenciais, todavia algo precisa ser feito e a gente enquanto Câmara está aqui para cobrar, inclusive sugerindo ao gestor, que se as agências não tomarem atitudes necessárias para diminuir essa questão das aglomerações, que o Executivo possa propor sansões e agir perante a Lei em relação até a aplicação de multas, o que não pode é as agências estarem faturando bilhões com seus lucros e não pensarem nesse momento de pandemia em cuidar das vidas”, pontuou.

 

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