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Discorrendo sobre os enormes tropeços da conturbada missão administrativa da Presidente Dilma Rousseff, mergulhada em sucessivas crises, que empurram o país para um gigantesco precipício, projetando consequências imprevisíveis para o futuro, nós brasileiros, escorados nas origens dos conceitos que amparam traduções de coerências, equilíbrios e eficiência gestora, amargamos confusões, conflitos e tumultos.

Em levantamentos e pesquisas realizadas por órgãos ligados ao ramo, divulgadas(os) pelos meios de comunicações do país, revelam já algum tempo, perda de popularidade, confiança e credibilidade na Presidente, que amargurada e sem sustentabilidade política para manter-se no poder, fracassa impiedosamente, diante de cinquenta e quatro milhões de eleitores.

Sucumbindo a cada momento, pelas razões óbvias do desgaste materializado na ausência de habilidades e vigor exigidos para sufocar momentos turbulentos, sofre o primeiro tombo, oficial e legítimo, com admissibilidade do processo de Impeachment, garantido pelo congresso nacional, aturdindo a fragilizada base de governo.

anuncie_agoraAssim, sua Excia. a Presidente Dilma, inicia seu calvário, imposto por variadas circunstâncias desastradas no comando da nação, dentre elas, protestos do parlamento e seus militantes, que reclamam do tratamento pouco saudável com o segmento, contrapondo-se a seus projetos de retomada do crescimento econômico, suspenso no congresso nacional e sem informações de retornos.

Presentes pressupostos latentes de atritos, por conta da imensa ausência de diálogos, entendimentos e consensos, uma excelente oportunidade para os políticos apresentarem à nação, espírito público e coerência de atitudes, revendo os custos de manutenção dos Poder Legislativo/Senado Federal, com destaque para subsídios e verbas de gabinetes, neste terrível instante de depressão coletiva, necessitando de contribuições de toda ordem para minimizar os efeitos da crise.

Verifica-se movimentações, para transferir obrigações para as comunidades brasileiras, no sentido de cobrir os buracos abertos pelos excessos de gastos, similares aos que, os 513 Deputados Federais consomem, somando verdadeiras montanhas de recursos, em silêncio angustiante na base parlamentar legislativa penalizando milhões de brasileiros comuns.

Índices pouco modestos, são imputados aos brasileiros, pelos Srs. parlamentares federais, na ordem de R$ 1.046.520.000.00/ano, (Hum bilhão, quarenta e seis milhões e quinhentos e vinte mil reais), para cobertura dos subsídios e verbas de gabinete de V. Excias; pagos pelos diletos contribuintes, ou seja nós, o povo. Alertamos que, neste dado, não estão incluídas as despesas do Senado Federal, refere-se apenas ao Poder Legislativo; “Fonte: Congresso em foco jornalismo para mudar”.

São realidades inquestionáveis, reveladas pela frieza cruel dos números, que fazem a felicidade de poucos em detrimento e desespero de muitos. Pois bem; esta é uma das questões que deveria ser prioridade para discussão política em tempo real, no sentido de se promover justiça equânime, com os menos contemplados e com o país neste momento duramente castigado.

Portanto, a justa e legítima decisão do Impeachment, se avaliada pelo singelo ângulo da igualdade social, incorre em um abismo ainda mais profundo, em razão da seletividade que segrega os mais fracos e premia poderosos, a considerar o abalroamento que a medida impõe, em um instante delicadíssimo de natureza econômica/financeira do país.

Impactados por abalos eletivos frequentes, a população não consegue separar privilégios confortáveis de V. Excias; Srs. parlamentares, das agonias que os fatos atuais promovem no dia a dia das pessoas mais humildes porquê?

Sufocados na outra extremidade do projeto de afastamento da Presidente Dilma, estão aborígenes peregrinos brasileiros, desesperados com os níveis do desemprego em massa ou fechamento total dos postos. Uma precoce avaliação sobre prismas dogmáticos dos fatos políticos recentes e atuais e a projeção dos valores disponibilizados todos os meses para as contas dos Srs. congressistas, Deputados Federais e Senadores, o esmagamento das demais classes trabalhadoras, conforta alguém com o mínimo de senso?

Portanto nobres leitores, não estão somente afastando a Presidente, mais sim, promovendo também perturbações de ordem socioinstitucional, além da ascensão política do Sr. Eduardo Cunha, 4ª. autoridade na hierarquia sucessória do país, atolado em falcatruas, respondendo por transgressões, réu em decisão plenária do STF, porém, assinando admissibilidade do processo de Impeachment de um Presidente da República do Brasil, cheio de razões e debochando dos brasileiros.

Refuta-se a legitimidade desta situação, que colide vergonhosamente com todos os primórdios da moralidade pública, convenhamos que, a gestão ruim precisa ser corrigida, mas com este perfil de autoridade emporcalhada, decidindo as relevantes questões nacionais é duro, cruel e perverso, se a retórica prosperar como deve, será aclamado Vice Presidente da gloriosa pátria amada Brasil. Fim trágico de uma comédia esdrúxula.

 

 

Dácio Monteiro

daciomonteiro@yahoo.com.br

Bacharel Pós Graduado Ciências Contábeis

Taperoá-Ba, 24 de Abril 2016.

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