Se nas décadas de 1980 e 1990 o Brasil recorreu a empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em várias ocasiões, para não quebrar, agora o País está em outro papel. Credor em moeda estrangeira desde 2008, quando Luiz Inácio Lula da Silva era presidente, o Brasil participará pela primeira vez de um "acordo bilateral" (Bilateral Borrowing Agreeement) com o FMI.

Na última semana, na reunião do FMI em Washington, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, assinou o acordo bilateral e poderá emprestar até US$ 10 bilhões, se for necessário.

Atualmente, o Brasil participa de um acordo semelhante aos acordos bilaterais, chamado de New ArrangementstoBorrow (NAB), uma espécie de arranjo multilateral de empréstimo. Esse arranjo é composto atualmente por 40 membros e está vigente desde 2011.

O BC explicou que, caso o FMI precise dos recursos previstos no acordo, o dinheiro não sairá das reservas internacionais. "As operações financeiras com o FMI não implicam diminuição das reservas internacionais".

O Fundo Monetário Internacional foi criado há mais de 50 anos para permitir que as moedas fossem trocadas livre e facilmente entre os países membros da instituição. Hoje, o FMI procura assegurar que seus membros sempre tenham reservas em moeda forte que lhe permitam continuar comercializando com outras nações do mundo.

 

 

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